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Educação
07/06/2025 12:00:00

Ranking mundial aponta que 87% das universidades brasileiras perderam posições em 2025

Ranking mundial aponta que 87% das universidades brasileiras perderam posições em 2025

Segundo a edição de 2025 do ranking do Center for World University Rankings (CWUR), divulgada nesta segunda-feira (2), 87% das universidades brasileiras listadas entre as 2.000 melhores do mundo registraram queda de posição. Das 53 instituições do país incluídas no levantamento, 46 apresentaram desempenho inferior ao do ano anterior, principalmente por conta da redução na produção científica e da escassez de recursos financeiros.

O ranking, que analisou mais de 74 milhões de dados de 21.462 instituições, destaca que a principal causa para o declínio das universidades brasileiras é o enfraquecimento da pesquisa, consequência direta da diminuição de investimentos públicos. O presidente do CWUR, Nadim Mahassen, alertou que a falta de financiamento compromete a competitividade global do Brasil no ensino superior e pode ampliar ainda mais o distanciamento em relação às instituições de ponta do mundo.

Mesmo com o cenário de queda generalizada, a Universidade de São Paulo (USP) manteve sua liderança no Brasil e na América Latina, ocupando a 118ª colocação mundial — uma leve queda em relação ao 117º lugar do ano anterior. A Universidade Federal do Rio de Janeiro foi uma das exceções positivas, subindo do 401º para o 331º lugar. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também avançou uma posição, enquanto a Universidade de Brasília subiu do 836º para o 833º posto.

No panorama global, a Universidade de Harvard permanece no topo do ranking, seguida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e pela Universidade de Stanford. A China se destacou como o país com maior número de universidades entre as 2.000 melhores, superando pela primeira vez os Estados Unidos, o que demonstra o avanço de investimentos e competitividade no cenário educacional asiático.

O CWUR utiliza quatro critérios principais para avaliar as instituições: qualidade da educação, empregabilidade dos ex-alunos, qualificação do corpo docente e desempenho em pesquisa. A queda da maioria das universidades brasileiras nesses indicadores acende um alerta sobre o futuro da educação superior no país.

Entre as instituições brasileiras citadas que também enfrentaram recuo estão a Universidade Federal de Minas Gerais, a Fundação Getúlio Vargas, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de Santa Catarina. O cenário reforça a necessidade de políticas públicas voltadas ao fortalecimento do ensino superior e ao fomento da pesquisa científica nacional.

*Reportagem produzida com auxílio de IA