Rodrigo Bezerra Almeida foi condenado a 26 anos, três meses e 14 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato do enteado de apenas oito meses de idade. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (5), por meio de Júri Popular, e o réu foi responsabilizado por homicídio triplamente qualificado.
O crime aconteceu no dia 20 de dezembro de 2021, no bairro Tabuleiro do Martins. Inicialmente, a mãe da criança, uma adolescente, e o então padrasto, de 19 anos, alegaram à Polícia Civil que o bebê havia caído da cama. Segundo a versão apresentada, a criança passou mal durante o dia, apresentava um ferimento na língua, foi medicada e, no dia seguinte, foi encontrada sem vida.
Entretanto, ao longo das investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ficou comprovado que o bebê, identificado como Lucas Felipe da Silva, foi espancado brutalmente. O acusado teria agredido a criança com socos, pontapés e outros golpes violentos apenas porque ela chorava.
O promotor de Justiça Rodrigo Lavor, responsável pela acusação, sustentou no tribunal as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. “O MPAL se deparou com um caso extremamente grave e comovente. A conduta do réu, ao admitir com frieza o assassinato brutal de um bebê de apenas 8 meses, certamente causou indignação não apenas ao Ministério Público de Alagoas, mas também ao Poder Judiciário e à sociedade como um todo”, afirmou.
A sentença reconheceu a gravidade do crime e confirmou o entendimento do Ministério Público de que se tratou de um homicídio qualificado. Para o promotor, a pena imposta é um reflexo da resposta penal adequada diante da brutalidade do ato. “O réu disse, sem demonstrar qualquer arrependimento, que espancou o bebê porque ele chorava. A atuação do MPAL deve ser vista como um exemplo claro de promoção da justiça social ao buscar uma resposta proporcional e justa diante de um crime tão bárbaro”, concluiu Lavor.