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Mundo
05/06/2025 20:00:00

Trump amplia veto a estrangeiros e proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA

Trump amplia veto a estrangeiros e proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva que amplia significativamente o chamado "travel ban", bloqueando completamente a entrada de cidadãos de 12 países e impondo restrições a outros sete. A medida, anunciada na quarta-feira (4), retoma ações adotadas em seu primeiro mandato, especialmente voltadas a nações da África e do Oriente Médio, sob justificativas de segurança nacional, saúde pública e política externa.

A partir da próxima segunda-feira (9), ficará proibida a entrada de pessoas provenientes do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Outras nações, como Cuba, Venezuela, Togo, Burundi e Laos, enfrentarão restrições parciais, com limitações aplicadas a tipos específicos de vistos, como os de turismo, estudo ou negócios.

Trump afirmou que a decisão está embasada em relatórios que apontam falhas nos sistemas de verificação de antecedentes em alguns desses países, além de destacar a recusa de algumas nações em receber cidadãos deportados pelos EUA. Ele também relacionou o novo veto ao recente ataque em Boulder, no Colorado, cujo autor, de origem egípcia, teria permanecido no país após o vencimento do visto — embora o Egito não esteja entre os países afetados pela nova ordem.

Harvard também é alvo de veto migratório

Além do bloqueio a viajantes de determinados países, Trump determinou a suspensão da entrada de estrangeiros interessados em estudar ou participar de programas de intercâmbio na Universidade de Harvard. Segundo o presidente, a instituição não estaria cooperando com órgãos federais e, por isso, seria considerada um “destino inadequado” para estudantes e pesquisadores internacionais. A medida tem validade inicial de seis meses, podendo ser prorrogada, e o governo ainda avalia revogar vistos já concedidos a estrangeiros matriculados na universidade.

A deputada democrata Pramila Jayapal classificou a medida como discriminatória e alertou para os impactos sociais sobre comunidades imigrantes e acadêmicas. Organizações de direitos civis também criticaram a decisão, acusando o governo de promover políticas com viés étnico e ideológico.

Desde que retornou à presidência, Trump tem adotado posturas mais rígidas na política migratória. Entre outras medidas recentes, estão o bloqueio de novos pedidos de asilo na fronteira com o México e a exigência de monitoramento de redes sociais para todos os solicitantes de visto.