A Marinha do Brasil expulsou nesta quarta-feira (4) o suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas, de 51 anos, por envolvimento nos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Ele é o primeiro militar das Forças Armadas a ser oficialmente excluído por participação nos atos, após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão.
A decisão foi tomada por um Conselho de Disciplina instaurado pela própria Marinha, responsável por avaliar a permanência de militares condenados por crimes graves. O colegiado concluiu que a exclusão de Caldas era essencial para manter a ordem e a disciplina dentro da corporação. Segundo o entendimento do Conselho, mantê-lo nas fileiras poderia gerar precedentes perigosos e estimular novas violações das normas militares.
Caldas é o primeiro de uma série de militares sob investigação
Além do suboficial, outros 24 militares são alvos de processos em andamento no STF relacionados à tentativa de golpe. Entre os investigados estão sete oficiais-generais e dois ex-comandantes das Forças Armadas: o almirante Almir Garnier Santos, da Marinha, e o general Paulo Sérgio Nogueira, do Exército.
As investigações sobre a articulação golpista têm se intensificado, e a decisão da Marinha sinaliza que as punições aos envolvidos devem se estender para além da esfera judicial, atingindo também o campo disciplinar das Forças Armadas.