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A liberação do cantor MC Poze do Rodo do presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, foi marcada por tumulto e grande mobilização de fãs. O artista deixou a unidade prisional a pé por volta das 14h50 desta terça-feira (3), vestindo o uniforme padrão fornecido pelo sistema penitenciário, composto por camisa, bermuda e chinelo.
MC Poze foi recebido com emoção pela esposa, a influenciadora e empresária Viviane Noronha, que também foi alvo de uma operação da Polícia Civil contra lavagem de dinheiro ligada ao Comando Vermelho. A presença de apoiadores nas imediações do presídio causou aglomeração, e a Polícia Militar precisou reforçar o policiamento. Houve uso de spray de pimenta para conter a confusão, ação que foi criticada pelo próprio cantor após sua saída.
A soltura foi autorizada pela Justiça na segunda-feira (2), quando o desembargador Peterson Barroso Simão considerou a prisão temporária de 30 dias excessiva para o andamento das investigações. O magistrado apontou que o material já apreendido seria suficiente para prosseguir com o inquérito sem necessidade de manter o funkeiro detido. O cantor, cujo nome verdadeiro é Marlon Brendon Coelho Silva, deverá agora cumprir medidas cautelares.
Durante sua saída, MC Poze voltou a se defender das acusações, alegando ser vítima de perseguição e negando qualquer envolvimento com atividades ilícitas. Segundo ele, todo o dinheiro que possui tem origem legítima.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, o alvará de soltura foi recebido por e-mail às 14h16 e, a partir de então, os trâmites legais para a liberação do custodiado foram imediatamente iniciados.
Com a agitação, alguns fãs chegaram a subir em ônibus escolares do programa "Liberdade", da Secretaria Municipal de Educação do Rio. Dois veículos tiveram a viagem interrompida temporariamente, mas posteriormente foram liberados e os estudantes chegaram em segurança aos seus destinos.
MC Poze havia sido preso na última quinta-feira (29) em sua mansão no Recreio dos Bandeirantes, acusado de apologia ao crime e associação com facção criminosa. As investigações da Polícia Civil indicam que o cantor estaria sendo utilizado para atrair menores ao Comando Vermelho. Um homem foi conduzido à delegacia por atos de vandalismo durante o tumulto. A Polícia Militar informou que foram empregados os recursos necessários para garantir a ordem pública e a segurança na região.
