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Resistência à insulina: quando o corpo deixa de responder e a saúde começa a se desequilibrar

Resistência à insulina: quando o corpo deixa de responder e a saúde começa a se desequilibrar

A resistência à insulina é um dos primeiros sinais de alerta de que o metabolismo está em desequilíbrio. Essa condição, muitas vezes silenciosa, pode trazer consequências graves à saúde se não for identificada e tratada precocemente. Entre os riscos associados estão o desenvolvimento de diabetes tipo 2, esteatose hepática, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.

De acordo com o médico Djairo Araújo, especialista em Nutrologia e Medicina Esportiva, a resistência à insulina tem se tornado cada vez mais comum — e o mais preocupante é que muitos pacientes só descobrem quando o problema já está em estágio avançado.

“Sintomas como cansaço constante, aumento do apetite, acúmulo de gordura na região abdominal e dificuldade para emagrecer são sinais que devem ser levados a sério”, alerta o médico.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por permitir que a glicose entre nas células para ser convertida em energia. No entanto, quando há resistência à insulina, as células deixam de responder adequadamente, fazendo com que o organismo produza ainda mais insulina para tentar compensar — resultando em níveis elevados de glicose e insulina no sangue.

Esse quadro está frequentemente associado ao excesso de gordura visceral, dieta rica em alimentos ultraprocessados e carboidratos simples, sedentarismo, estresse contínuo e noites mal dormidas.

Entre os principais sinais que podem indicar resistência à insulina estão:

• Sensação de cansaço constante, mesmo após descanso adequado;
• Dificuldade persistente em emagrecer, especialmente na região abdominal;
• Presença de manchas escurecidas na pele, como no pescoço e axilas (acantose nigricans);
• Queda de energia após refeições ricas em carboidratos;
• Alterações de humor e lapsos de memória;
• Resultados laboratoriais com insulina de jejum elevada ou alteração no índice HOMA-IR.

Djairo Araújo destaca que a resistência à insulina é um distúrbio metabólico que precisa de atenção, e não deve ser tratada como algo passageiro. “O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de reversão com mudanças simples no estilo de vida”, afirma.

A boa notícia é que é possível reverter o quadro sem recorrer, necessariamente, ao uso de medicamentos. A base do tratamento está na adoção de hábitos saudáveis:

• Reduzir o consumo de açúcar e carboidratos refinados;
• Aumentar a ingestão de fibras, vegetais e proteínas magras;
• Praticar atividades físicas regularmente, priorizando exercícios aeróbicos e de força;
• Manter um sono de qualidade e controlar o estresse;
• Contar com acompanhamento médico individualizado para avaliação e orientação.

A resistência à insulina é um dos principais sinais de alerta do organismo e não deve ser ignorada. “Esperar o diagnóstico de diabetes para mudar os hábitos é como esperar a casa pegar fogo para comprar o extintor. A prevenção começa com informação, escuta ao próprio corpo e acompanhamento profissional”, conclui o médico.