Primeira onda de frio do ano deve atingir 12 Estados e alcançar a Amazônia

A primeira grande onda de frio de 2025 está prevista para começar entre terça-feira (27) e quarta-feira (28), com chegada inicial ao Rio Grande do Sul e rápida expansão por diversas regiões do país. O fenômeno deve trazer chuva, quedas bruscas de temperatura e possibilidade de neve nas regiões mais elevadas do Sul.

Nesta segunda-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja de declínio de temperatura para 12 Estados: Acre, Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

De acordo com o Inmet, o encontro entre massas de ar quente e frio provocará queda severa nas temperaturas, especialmente no Sul e em áreas do Centro-Oeste. A previsão indica que a intensa massa de ar frio atingirá, além das regiões Sul e Sudeste, parte da Amazônia, com destaque para Rondônia, Acre e o sul e sudoeste do Amazonas — marcando o primeiro episódio de “friagem” intensa na região em 2025.

Friagens e impactos ambientais

As chamadas friagens são episódios comuns no inverno amazônico, causados por frentes frias vindas do sul que atravessam o continente. Elas resultam em quedas rápidas de temperatura e umidade, alterando significativamente o clima na região.

Possibilidade de neve e geada

A partir de quinta-feira (29), há previsão de neve nas Serras Gaúcha e Catarinense devido à combinação de ar frio intenso com umidade elevada. As temperaturas mínimas nos estados do Sul podem chegar a -3°C a -5°C, com ampla formação de geada. A geada pode se estender também a áreas do sul de Mato Grosso do Sul.

Em São Paulo e no sul do Rio de Janeiro, a queda de temperatura deve ocorrer também na quinta-feira, acompanhada de tempo instável.

Chuvas no Nordeste superam média histórica

Enquanto o frio se espalha pelo Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte, o Nordeste enfrenta fortes chuvas. Entre os dias 1º e 23 de maio, o Inmet registrou volumes acima da média histórica em diversas capitais da região.

João Pessoa e Maceió já acumulam mais de 460 mm de chuva. Em Salvador, o volume se aproxima dos 400 mm, enquanto Aracaju registra cerca de 350 mm. No Recife, os dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam acumulados de aproximadamente 400 mm.

A previsão para os próximos dias é de continuidade das chuvas em todo o litoral nordestino, intensificadas pela passagem de uma nova frente fria na costa da Bahia, mantendo a região em estado de atenção.