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27/05/2025 07:00:00

Organização Mundial de Saúde Animal restringe foco da gripe aviária ao RS

Organização Mundial de Saúde Animal restringe foco da gripe aviária ao RS

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) atualizou sua avaliação sobre o surto de influenza aviária no Brasil, limitando o foco da doença à região do município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A mudança, oficializada na última sexta-feira (23/5), foi feita após o governo brasileiro comunicar a conclusão das ações de erradicação na área afetada.

Com a nova classificação, o surto deixou de ser considerado um evento de abrangência nacional e passou a ser tratado como localizado em uma “zona”. A OMSA recomenda, a partir de agora, que não sejam adquiridos produtos avícolas oriundos de um raio de 10 quilômetros no entorno da granja onde o caso foi detectado.

A granja atingida iniciou, no dia 22 de maio, o protocolo de vazio sanitário. Se não forem registrados novos casos nos 28 dias seguintes, o Brasil poderá declarar a área como livre da doença e buscar a retomada das exportações de carne de aves, atualmente suspensas parcial ou totalmente por diversos países.

A reclassificação feita pela OMSA é considerada estratégica para acelerar o fim de embargos impostos ao Brasil. Ao todo, 23 países suspenderam completamente as importações de carne de aves brasileiras após o foco no Rio Grande do Sul. Outros 17 restringiram a suspensão ao estado, enquanto Emirados Árabes Unidos e Japão limitaram a restrição apenas ao município de Montenegro.

Em nota, a OMSA informou que não foram identificadas mutações significativas de resistência antiviral nas amostras. A genotipagem confirmou que os vírus detectados são semelhantes aos já encontrados anteriormente em aves silvestres no país.

Casos ainda em investigação

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), há atualmente 12 casos suspeitos de gripe aviária sob investigação no Brasil. Apenas um deles foi registrado em planta comercial, em um abatedouro localizado em Aguiarnópolis, no Tocantins.

Outras cinco suspeitas envolvem aves de subsistência em cidades como Triunfo (RS), Aurelino Leal (BA), Salitre (CE), Quixadá (CE) e Eldorado do Carajás (PA). Já os seis casos restantes dizem respeito a aves silvestres nas cidades de Canoas (RS), Armação dos Búzios (RJ), Mateus Leme (MG), Belo Horizonte (MG), Ilhéus (BA) e Icapuí (CE).

De acordo com o Mapa, essas investigações são procedimentos comuns dentro da Defesa Agropecuária. O ministério afirma que, em momentos de emergência, o número de notificações e averiguações aumenta, demonstrando a eficácia e agilidade do sistema nacional de controle sanitário.