Trump diz que Putin “ficou completamente louco” após ataque contra a Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (25) que o presidente russo, Vladimir Putin, “ficou completamente louco” após Moscou lançar o maior ataque aéreo em três anos de guerra na Ucrânia. Em publicação na plataforma Truth Social, Trump declarou que "sempre teve um ótimo relacionamento" com Putin, mas que algo mudou. “Ele está matando muita gente desnecessariamente, e não estou falando apenas de soldados. Mísseis e drones estão sendo disparados contra cidades na Ucrânia, sem motivo algum”, escreveu.

A declaração ocorreu horas depois de Trump dizer a jornalistas que “não está satisfeito com o que Putin está fazendo” e que não entende o que levou o líder russo a intensificar os bombardeios. O ataque deixou ao menos 12 mortos, incluindo crianças, e dezenas de feridos, conforme informaram autoridades ucranianas.

Apesar das críticas a Putin, Trump também voltou a atacar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Em resposta à declaração de Zelensky, que acusou o “silêncio da América” de incentivar Putin, Trump retrucou afirmando que o líder ucraniano “não está fazendo nenhum favor ao seu país ao falar do jeito que fala” e acrescentou: “Tudo o que sai da boca dele causa problemas, eu não gosto disso e é melhor parar”.

Em outro momento, Trump comentou estar “absolutamente” considerando novas sanções contra a Rússia, algo que até então vinha rejeitando sob a justificativa de preservar chances de avanço diplomático. Ele disse ter ficado “muito surpreso” com o ataque aéreo russo, mesmo após a recente ofensiva de drones da Rússia sobre a Ucrânia, que ocorreu dias antes de uma conversa telefônica entre ele e Putin.

Durante essa ligação, ocorrida na segunda-feira (19), Trump tentou negociar um cessar-fogo de 30 dias entre os dois países. Após contatos com Zelensky e líderes europeus, anunciou que Rússia e Ucrânia concordaram em iniciar imediatamente negociações para cessar as hostilidades, com o objetivo de alcançar o fim definitivo da guerra. Segundo Trump, os termos serão definidos diretamente entre as partes, considerando que “apenas elas conhecem os detalhes de uma negociação como essa”.