A Ucrânia foi alvo, neste domingo (25/5), do maior ataque aéreo desde o início da guerra, com o lançamento de 298 drones russos em um único dia, além de quase 70 mísseis de diferentes tipos. O bombardeio, que atingiu diversas regiões do país, causou a morte de pelo menos 12 pessoas e deixou um rastro de destruição em cidades como Kiev, Odessa, Kharkiv, Dnipro e outras. Dormitórios universitários, prédios residenciais e instalações empresariais figuram entre os alvos atingidos.
Diante da ofensiva, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky criticou duramente o que chamou de “silêncio dos Estados Unidos” e a inércia de outros países frente às ações do Kremlin. Segundo ele, essa postura passiva só serve para encorajar o presidente russo Vladimir Putin a continuar prolongando a guerra e intensificando a violência.
"Sem uma pressão verdadeiramente forte sobre a liderança russa, essa brutalidade não poderá ser detida. Sanções certamente ajudarão. A determinação importa agora – a determinação dos Estados Unidos, dos países europeus e de todos aqueles ao redor do mundo que buscam a paz", escreveu Zelensky nas redes sociais.
O presidente ucraniano também alertou que, enquanto o mundo entra em fins de semana de descanso, a guerra segue seu curso implacável. “O mundo pode entrar em um fim de semana de folga, mas a guerra continua, independentemente dos fins de semana e dias da semana. Isso não pode ser ignorado”, declarou.
Entre os locais atingidos, Zelensky destacou que dormitórios universitários e áreas residenciais comuns foram alvos diretos, com danos significativos e vítimas fatais, inclusive crianças. Ele lamentou as perdas e ofereceu condolências às famílias afetadas.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, também se manifestou, pedindo um aumento da pressão internacional contra Moscou. “Os ataques da noite passada mostram mais uma vez que a Rússia está decidida a aumentar o sofrimento e a aniquilar a Ucrânia. É horrível ver crianças entre as vítimas inocentes feridas e assassinadas”, afirmou.
Apesar do agravamento do conflito, Rússia e Ucrânia concluíram neste domingo a última fase da maior troca de prisioneiros desde o início da invasão, no formato de "mil por mil", acordo firmado durante as negociações realizadas em Istambul na semana anterior.