A Arquidiocese de Maceió ingressou com uma ação judicial para exigir a prestação de contas de R$ 3 milhões destinados à Fundação Recriar. Os valores deveriam ter sido aplicados em ao menos dez projetos sociais voltados ao atendimento de dependentes químicos e pessoas em situação de rua. Na ação, o arcebispo Dom Beto Breis solicita que o tesoureiro da entidade, padre Walfran Fonseca, e o conselheiro fiscal, Ronnie Rayner Teixeira Mota, apresentem esclarecimentos sobre o destino dos recursos e detalhem os serviços efetivamente oferecidos ao público-alvo.
A medida ocorre em meio a suspeitas de irregularidades na aplicação dos valores repassados à Fundação, que integra a Federação da Rede Cristã de Acolhimento e Recuperação do Dependente Químico do Estado de Alagoas. Em nota oficial, a Arquidiocese afirmou que há “inúmeros relatos que tangenciam suspeitas de desvio de verbas e ainda ao desvio da finalidade estatutária da Federação, para além de atos de favorecimento pessoal entre outros”.
A Igreja agora busca responsabilização civil dos envolvidos e transparência na gestão dos recursos que deveriam ter sido destinados exclusivamente a ações sociais e assistenciais.