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26/05/2025 10:00:00

Prefeitura de União dos Palmares reedita ‘Festa do Milho’ em rua Interditada pela Defesa Civil

Prefeitura de União dos Palmares reedita ‘Festa do Milho’  em rua Interditada pela Defesa Civil

Agência Tribuna de Notícias

Em 18 de junho de 2010, a cidade de União dos Palmares, localizada às margens do Rio Mundaú, relembra um dos episódios mais trágicos de sua história recente. A enchente que devastou a região deixou marcas profundas tanto no patrimônio quanto no emocional da população ribeirinha, que perdeu casas, ruas inteiras e, sobretudo, a tradição.

Com origem que remonta ao final do século XVIII, União dos Palmares é berço de famílias tradicionais que, apesar das adversidades enfrentadas – desde administrações descomprometidas com os anseios comunitários até os eventos naturais devastadores, porém o povo resiste o que ajudou a manter viva a identidade do município.

Políticos, em conversas de bastidores, já classificaram a Prefeitura como uma “galinha dos ovos de ouro” por sua capacidade de arrecadação, embora boa parte desses recursos tenha servido mais para aumentar o patrimonio dos gestores e seus protegidos do que para poroporcionar o bem estar dos moradores cujos nativos são um 'amontoado de analfabetos' segundo um gestor disse em entrevista quando lhe foi perguntado porque sua gestão não realizava concurso público.

Enquanto outros municípios alagoanos prosperaram, União dos Palmares parece presa em ciclos de disputas entre grupos políticos isolados que, desde os tempos do ex-governador Manoel Gomes de Barros, tentam controlar a administração municipal. Muitos se esquecem que existem filhos legítimos da terra, com histórico limpo, competência comprovada e uma conexão genuína com os anseios da população, que poderiam representar dignamente a cidade em qualquer esfera – seja Prefeitura, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal ou até no Senado.

Mesmo sem experiência anterior na política, o atual prefeito palmarino, eleito com o apoio de um ex-prefeito, vem tentando se manter próximo de seus eleitores. Uma das estratégias foi resgatar a tradicional ‘Festa do Milho’, um evento que faz parte do Calendário Turístico Nacional interrompiudo desde a epidemia da Covid. No entanto, a escolha da Praça de Eventos como palco da festa tem gerado controvérsias já que  desde que o prefeito Afranio Vergetti editou sua primeiro edição era realizada na Praça Basiliano Sarmento no centro da cidade.

Com relação a Rua do Jatobá onde está planejada ocorrer este ano, segundo moradores, essa área – que recebeu altos investimentos e permanece inacabada – é associada à tragédia de 2010 e carrega uma história de insegurança, com registros de crimes de eemortre, assaltos e estupros. A realização do evento nesse local seria, segundo críticas, uma tentativa de reabilitar uma obra abandonada e super fatrurada aos olhos da população, mesmo que isso represente reviver lembranças dolorosas.

Para muitos, a Festa do Milho deveria voltar ao espaço tradicional, aquele que sempre foi símbolo de celebração e alegria, e não a um ambiente que remete ao sofrimento. Como alternativa, há sugestões para que a festa seja transferida para o campo de futebol às margens da BR-104 – outro investimento estadual ainda não concluído, mas que ao menos não carrega o peso das memórias trágicas.

A população de União dos Palmares, tantas vezes esquecida e mal representada, merece mais do que remendos políticos e festividades em cenários de dor. Merece respeito, obras concluídas, segurança e um olhar administrativo voltado para o futuro, não para conveniências do presente.




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