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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, anunciou nesta sexta-feira (23) que foi concluída a primeira parte do acordo de troca de prisioneiros de guerra firmado com a Rússia. A medida foi resultado das conversações realizadas em Istambul, no último dia 16 de maio, onde ambos os países concordaram em trocar mil prisioneiros de cada lado.
“Estamos trazendo nosso povo de volta para casa. A primeira parte do acordo de troca de 1.000 por 1.000 foi implementada. Atualmente, temos 390 pessoas. Esperamos que a troca continue no sábado e no domingo”, declarou Zelenskyy.
Esta foi a primeira reunião presencial entre representantes da Ucrânia e da Rússia desde as primeiras semanas após a invasão russa, iniciada em 2022. O presidente ucraniano agradeceu aos envolvidos nas negociações e no processo de verificação das identidades dos libertados. “É fundamental trazer todos os nossos cativos de volta. Estamos verificando cada nome e informação”, disse.
Ainda na sexta-feira, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social Truth Social que a troca já havia sido concluída e celebrou o que considerou uma negociação bem-sucedida. “Uma grande troca de prisioneiros acabou de ser concluída entre a Rússia e a Ucrânia. Parabéns a ambos os lados. Isso pode levar a algo grande”, escreveu.
No entanto, uma fonte ucraniana ouvida pelo jornal Kyiv Independent contradisse a declaração de Trump, esclarecendo que a troca está em andamento e ainda não foi totalmente concluída.
Apesar da troca de prisioneiros, as conversações diplomáticas em Istambul não resultaram em avanços concretos no sentido de um cessar-fogo ou resolução do conflito. A reunião durou apenas duas horas e deixou claro que ainda há uma grande distância entre as exigências de cada lado.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, classificou a troca como uma “medida de confiança” e afirmou que há um entendimento preliminar para novos encontros. Contudo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou que ainda não há definição sobre o local da próxima rodada de negociações.
Enquanto isso, líderes europeus acusam o presidente russo, Vladimir Putin, de prolongar os esforços diplomáticos enquanto tenta ganhar vantagem no campo de batalha e ampliar o controle sobre territórios ucranianos. A reunião de Istambul evidenciou que os dois lados permanecem distantes em relação aos termos fundamentais para uma possível trégua.
