A seca se intensificou nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil durante o mês de abril de 2025, em comparação com março, segundo levantamento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O Monitor de Seca revelou que 12 estados brasileiros foram impactados pelo agravamento do fenômeno, com destaque para o Nordeste, onde a situação foi considerada mais severa.
Conforme o relatório, a seca grave atingiu 29% do território nordestino, com piora significativa nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.
O estudo também apontou que, em alguns estados, a seca se espalhou por todo o território. Foi o caso de Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Nos demais estados afetados, o percentual de área comprometida variou entre 27% e 96%.
O Amazonas apareceu como o estado com maior área impactada pela seca, seguido por Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ao todo, 4,67 milhões de quilômetros quadrados do território nacional foram atingidos pela seca em abril, o que representa mais da metade da extensão do Brasil.
Em contrapartida, sete estados apresentaram melhora nas condições hídricas no mesmo período, com aumento do volume de chuvas: Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Já Acre, Distrito Federal, Espírito Santo e Santa Catarina mantiveram estabilidade em relação ao mês anterior.
As regiões Centro-Oeste e Norte tiveram redução na área afetada pela seca, enquanto no Sudeste, apesar da diminuição da extensão impactada, a intensidade aumentou nas áreas remanescentes. No Nordeste, a seca avançou territorialmente e, no Sul, se manteve presente em 90% da região.
Entre os estados da região Norte, o Pará foi o único que permaneceu estável e sem registros de seca entre março e abril, enquanto Rondônia e Roraima se livraram do fenômeno graças ao retorno das chuvas.