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Mundo
23/05/2025 20:00:00

Unicef condena morte de 45 crianças em 48 horas na Faixa de Gaza

Unicef condena morte de 45 crianças em 48 horas na Faixa de Gaza

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (16), a morte de pelo menos 45 crianças em apenas 48 horas na Faixa de Gaza. A agência da ONU afirmou que não há local seguro para menores no território palestino, onde os conflitos entre Israel e o Hamas se intensificaram nas últimas semanas.

Segundo o Unicef, as crianças têm sido as maiores vítimas da violência. Desde o fim do cessar-fogo e o endurecimento do bloqueio, cerca de 950 menores perderam a vida nos últimos dois meses. A entidade destacou que esses jovens têm morrido e sofrido mutilações em hospitais, escolas transformadas em abrigos, tendas improvisadas ou mesmo nos braços dos pais.

O fundo apelou com urgência pelo fim do conflito e pediu a todos os países e atores com influência sobre as partes envolvidas que contribuam para encerrar os ataques. O Unicef alertou ainda para o agravamento da crise humanitária, com milhares de crianças expostas à fome, ao desabrigo e a múltiplas violações de seus direitos fundamentais.

Relatos da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam o cenário alarmante. De acordo com a porta-voz Margaret Harris, colegas da organização relataram bombardeios durante a madrugada, com inúmeros feridos buscando socorro em hospitais parcialmente destruídos. Dois ônibus destinados ao transporte de crianças feridas foram atingidos por ataques.

Enquanto isso, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) informou que aguarda resposta das autoridades israelenses para viabilizar a entrada de ajuda humanitária. Apesar de 14 reuniões sobre o tema, os carregamentos com alimentos, água potável, material escolar, calçados e produtos de higiene continuam retidos na fronteira, impossibilitando o socorro imediato às famílias.

A ONU voltou a afirmar que o sofrimento das crianças na Faixa de Gaza é insustentável e reiterou a necessidade urgente de cessar a violência para proteger os mais vulneráveis.