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Guerra
17/05/2025 18:00:00

Israel anuncia nova ofensiva em Gaza com fortes ataques aéreos

Israel anuncia nova ofensiva em Gaza com fortes ataques aéreos

As forças armadas israelitas lançaram uma nova ofensiva em Gaza, intensificando os ataques aéreos no território. Segundo as autoridades sanitárias locais, os bombardeios entre a noite de sexta-feira (15) e sábado resultaram na morte de pelo menos 58 palestinianos, enquanto outros 108 perderam a vida na sexta-feira. A operação militar, batizada de "Carruagens de Gideão", envolve ataques aéreos e a mobilização de tropas com o objetivo de alcançar o controle operacional de áreas estratégicas de Gaza.

Em meio à escalada do conflito, a Euronews teve acesso exclusivo a documentos que revelam um plano do governo israelita para o futuro de Gaza. O documento, datado de 2023 e elaborado por um grupo de mais de 35 mil reservistas das forças de segurança israelitas, conhecido como Fórum de Defesa e Segurança de Israel, propõe a criação de uma nova entidade administrativa em Gaza, caso o Hamas seja derrotado. A proposta exclui explicitamente a soberania palestina e a presença da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), conferindo maior controle às Forças de Defesa de Israel (IDF) na administração do território.

Em resposta ao agravamento do conflito, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo urgente por um cessar-fogo imediato e permanente durante a cimeira da Liga Árabe, realizada em Bagdade. Guterres expressou preocupação com a expansão das operações terrestres israelitas e reforçou a necessidade de proteger os civis e garantir o respeito pelo direito internacional humanitário.

A guerra em Gaza tornou-se o principal tema da cimeira da Liga Árabe, onde os líderes regionais discutem soluções para a crise humanitária no enclave. Em março, os dirigentes já haviam aprovado um plano de reconstrução para Gaza, comprometendo-se a não desalojar os cerca de dois milhões de habitantes que vivem na região.

Paralelamente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concluiu uma viagem pela região, sem conseguir alcançar um cessar-fogo em Gaza. No entanto, o líder americano destacou a necessidade de tratar a crise alimentar no território, onde 20% da população enfrenta risco crítico de fome devido ao bloqueio israelita à ajuda humanitária.

Na terça-feira, o chefe da missão humanitária da ONU, Tom Fletcher, questionou o Conselho de Segurança sobre a inação diante da crise em Gaza, pedindo uma intervenção decisiva para evitar o que classificou como "genocídio". Em resposta, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, acusou Fletcher de fazer um "sermão político" e de usar o termo "genocídio" de forma irresponsável e sem evidências.