Negociações de paz entre Rússia e Ucrânia terminam com acordo para troca de prisioneiros

As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia realizadas nesta sexta-feira, dia 16 de maio de 2025, no Palácio Dolmabahce, em Istambul, na Turquia, resultaram em um acordo para a troca de 1.000 prisioneiros de guerra de cada lado. Apesar do entendimento sobre a troca de prisioneiros, as conversas duraram menos de duas horas e não avançaram para um cessar-fogo completo.

Durante o encontro, a delegação russa, liderada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky, exigiu que a Ucrânia se retirasse de quatro regiões ocupadas — Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson —, todas parcialmente controladas pela Rússia. No entanto, Kiev recusou atender a essa demanda, mantendo sua posição de resistência.

O chefe da delegação ucraniana, o ministro da Defesa Rustem Umerov, confirmou que as partes discutiram a possibilidade de um encontro entre os presidentes de ambos os países. Além disso, ficou acordado que seriam apresentadas propostas detalhadas de cessar-fogo em futuras reuniões.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Hakan Fidan, informou que ambas as delegações concordaram, "em princípio", em se reunir novamente para continuar as negociações. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou ter discutido o andamento das conversas com os aliados dos Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e Polônia. Zelenskyy reforçou seu apelo por sanções duras contra Moscou caso a Rússia rejeite um cessar-fogo total e incondicional.

No cenário internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que está pressionando Moscou e Kiev para encerrar o conflito e afirmou que uma reunião entre ele e o presidente russo Vladimir Putin acontecerá "assim que possível". Trump expressou que acredita ser o momento de buscar uma solução negociada para a guerra.