Os ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza deixaram 50 mortos nas últimas horas, de acordo com informações da Agência de Defesa Civil do território, nesta sexta-feira, 16. As vítimas estavam em áreas residenciais no norte de Gaza, segundo Mohammed al-Mughayir, chefe da agência de resgate, ligada ao grupo Hamas. As operações de resgate continuam, com equipes ainda tentando localizar sobreviventes entre os escombros.
A ofensiva israelense acontece em meio a uma campanha militar contínua, que já causou quase 53 mil mortes em Gaza, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde local. O número é considerado confiável pelas Nações Unidas. Os ataques se intensificaram após o rompimento de uma trégua de dois meses em 18 de março, quando Israel anunciou uma nova ofensiva para tentar garantir a libertação de reféns mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023.
No ataque inicial do Hamas, 1.218 pessoas morreram em Israel, a maioria civis, e 251 pessoas foram feitas reféns, das quais 57 permanecem detidas em Gaza, incluindo 34 que, segundo o exército israelense, estão mortos.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu continuar a campanha militar com o objetivo de destruir o Hamas, organização que controla a Faixa de Gaza. Nos últimos dias, os bombardeios intensos forçaram milhares de pessoas a fugir do campo de refugiados de Jabaliia e da cidade de Beit Lahiya, regiões fortemente afetadas pelos ataques. A expectativa de que uma visita do ex-presidente americano Donald Trump ao Oriente Médio pudesse viabilizar um acordo de cessar-fogo ou a renovação da ajuda humanitária não se concretizou, e o bloqueio israelense ao território de Gaza já está em seu terceiro mês.