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Especial
15/05/2025 11:00:00

Arqueólogos afirmam ter identificado o túmulo de Jesus em Jerusalém

Arqueólogos afirmam ter identificado o túmulo de Jesus em Jerusalém

Uma equipe de arqueólogos liderada pela professora Francesca Romana Stasolla, da Universidade La Sapienza, de Roma, anunciou uma descoberta que pode mudar a compreensão histórica sobre o túmulo de Jesus Cristo. Durante escavações na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local tradicionalmente associado à crucificação e sepultamento de Jesus, os pesquisadores revelaram uma base circular de mármore que remete à primeira monumentalização da área, ocorrida no século IV por ordem do imperador Constantino.

De acordo com o relato bíblico no Evangelho de João, Jesus foi sepultado em um jardim próximo ao local da crucificação. A equipe de Stasolla identificou, sob o piso da basílica, vestígios botânicos, incluindo pólen de oliveiras e vinhedos, que confirmam que a área era de fato um jardim na época em que teria ocorrido o sepultamento.

Descobertas arqueológicas reforçam autenticidade do local

A escavação revelou, além da base circular de mármore, moedas do período do imperador Constantino, milhares de fragmentos de cerâmica, ossos de animais e restos alimentares, indicando que o local era um ponto de peregrinação ao longo dos séculos. Essas evidências apontam para uma longa história de culto religioso, reforçando a ideia de que o local realmente abrigava o túmulo de Jesus.

O projeto de escavação teve início como parte de uma renovação histórica da Igreja do Santo Sepulcro, um esforço conjunto das três autoridades religiosas que administram o local: as igrejas Ortodoxa, Franciscana e Armênia. Os trabalhos foram temporariamente interrompidos devido às celebrações da Páscoa, mas foram retomados com o apoio de especialistas internacionais.

Um jardim entre o Calvário e o túmulo

Outro aspecto importante da descoberta é que a análise do solo e dos vestígios botânicos mostrou que o terreno era utilizado como área agrícola antes da construção da igreja. As evidências indicam que o local abrigava oliveiras e vinhedos, em linha com a descrição bíblica de um jardim próximo ao Calvário, onde o corpo de Jesus teria sido sepultado.

Para a arqueóloga Francesca Romana Stasolla, os achados são uma "conexão histórica e material entre o texto bíblico e o local arqueológico", reforçando a autenticidade da Igreja do Santo Sepulcro como o local tradicional do sepultamento de Jesus.

As escavações continuam, e os pesquisadores esperam revelar mais detalhes sobre a história do local e a evolução de seu uso ao longo dos séculos.