Planalto avalia interesse de Barroso em embaixada e cogita nova nomeação para o STF

O Palácio do Planalto recebeu sinais de que Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), pretende deixar a Corte após o término de seu mandato na presidência, previsto para setembro. Diante dessa possibilidade, o governo já considera a chance de oferecer a Barroso uma embaixada, preferencialmente em algum país europeu.

Caso a saída de Barroso se confirme, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria a oportunidade de nomear mais um ministro para o STF. Nesse cenário, o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, surge como favorito, embora haja pressão para que uma mulher seja indicada, dado que, desde a aposentadoria de Rosa Weber e a nomeação de Flávio Dino, a Corte conta com apenas uma ministra, Cármen Lúcia.

Fontes próximas ao ministro indicam que, com o fim de seu período na presidência do STF, Barroso considera ter cumprido sua missão na Corte. Ele pretende, então, buscar atividades menos intensas, como ocupar uma embaixada e participar do mercado de palestras, onde é um nome disputado.

Atualmente com 67 anos, Barroso ainda poderia permanecer no Supremo até 2033, quando completará 75 anos e será obrigado a se aposentar por lei. No entanto, apesar das especulações, o ministro tem negado qualquer intenção de deixar a Corte antes do prazo. “Não existe absolutamente nada disso”, declarou Barroso ao PlatôBR.