"A cabeça estava inchada", diz mãe de criança encontrada morta em Riacho Doce

Uma tragédia abalou o bairro de Riacho Doce, no Litoral Norte de Maceió, nesta terça-feira (13), quando o menino Rhavy Abraão Alves de Lima, de apenas dois anos, foi encontrado morto em sua residência. Em entrevista à TV Pajuçara, a mãe da criança, Nicole Maria, relatou que o filho vinha apresentando inchaços na cabeça nos últimos dias e que chegou a ser levado a Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação, mas foi liberado.

Segundo Nicole, Rhavy foi inicialmente atendido na UPA do Benedito Bentes, onde a médica que o atendeu prescreveu uma injeção de dipirona, sem examinar sua cabeça. O menino foi diagnosticado com anemia após exame de sangue e liberado. No entanto, o quadro não melhorou, e o inchaço na cabeça se tornou mais evidente.

"Na semana passada, eu levei o meu filho na UPA do Benedito Bentes, pois ele estava com a cabeça grande, e isso não é normal. A médica não olhou a cabeça dele, apenas deu uma injeção na bunda e disse que era dipirona. Foi feito um exame de sangue, que deu anemia. Liberaram o meu filho e, quando cheguei em casa, ele estava reclamando de dor. Eu toquei em alguns pontos da cabeça dele e ela estava fofa, como se tivesse água dentro", relatou a mãe.

Preocupada com a persistência dos sintomas, Nicole retornou à UPA, desta vez no Eustáquio Gomes, onde uma médica notou que o quadro não era normal. Após a realização de um raio-x, foi detectado que a moleira do menino apresentava uma abertura, por onde estaria saindo um líquido.

O drama familiar culminou na manhã desta terça-feira, quando Rhavy foi encontrado sem vida pelo irmão mais velho. De acordo com Nicole, o irmão mais velho da criança foi o primeiro a perceber que Rhavy não respondia, após tê-lo encontrado caído da cama. O padrasto da criança, que estava no segundo andar da casa, desceu rapidamente e tentou reanimá-lo com respiração boca a boca, mas sem sucesso.

"Eu tinha ido para a academia e depois fui para a casa da minha irmã. Foi quando o meu filho mais velho, que sempre acorda primeiro, viu que o Rhavy tinha caído da cama. Ele o chamou, mas não teve resposta. O meu marido, que é o padrasto do Rhavy, tentou reanimá-lo, mas ele não voltou", descreveu a mãe.

Nicole ainda contou que, ao ser informada da situação, tentou voltar para casa rapidamente. Ela estava chamando um motorista por aplicativo quando avistou uma viatura da polícia e pediu ajuda. Ao chegar em casa, encontrou o filho já sem vida, frio ao toque, e ainda tentou reanimá-lo, mas não obteve sucesso.

A mãe reforçou que o menino era uma criança saudável, brincalhona e que sempre se alimentava bem. "Ele era uma criança saudável, brincalhão e comia bastante. Quando cheguei em casa, encontrei o meu filho gelado. Tentei reanimá-lo, mas não consegui", lamentou Nicole Maria.

As autoridades já foram acionadas e o caso está sendo investigado para determinar a causa exata da morte de Rhavy. A Polícia Civil e o Instituto de Medicina Legal (IML) estão envolvidos na apuração dos fatos.