15/06/2025 14:56:05

Geral
12/05/2025 15:00:00

Urbanitários fazem caminhada da Assembleia Legislativa até o Palácio do Governo

Urbanitários fazem caminhada da Assembleia Legislativa até o Palácio do Governo

Trabalhadores e trabalhadoras da Casal realizarão uma caminhada da Assembleia Legislativa até o Palácio do Governo no próximo dia 14 de maio, em protesto contra a privatização da empresa. O ato será acompanhado por uma paralisação em todo o Estado, com a manutenção apenas dos serviços essenciais à população. A concentração está marcada para as 9h da manhã, em frente à Assembleia Legislativa do Estado.

O protesto contará com a participação de caravanas vindas do interior, além da presença da CUT/AL, seus sindicatos filiados e diversos movimentos sociais. Dafne Orion, presidente do Sindicato dos Urbanitários, destacou que o governo tem conhecimento dos prejuízos que a privatização dos serviços de água e energia tem causado à população alagoana, como a constante falta de água, aumentos nas tarifas e a queda na qualidade dos serviços prestados.

“Nós temos alertado governantes, políticos e a população em geral sobre os danos que a privatização de serviços essenciais provoca. Semanalmente, vemos comunidades fechando ruas, queimando pneus e protestando contra a falta de água em diversas regiões do Estado”, afirmou Dafne.

O Sindicato dos Urbanitários espera ser recebido pelo governador para discutir o processo de privatização da Casal, que está em andamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atendendo a uma solicitação do governo do Estado de Alagoas. A entidade defende que seja encontrada uma solução alternativa que não envolva a transferência do patrimônio público para a iniciativa privada.

Além disso, o Sindicato enviou ofício à Casal manifestando preocupação e repúdio em relação ao acordo firmado entre a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e a Braskem S.A., homologado judicialmente, que transfere o sistema Catolé-Cardoso para a empresa. O Sindicato questiona a transparência do contrato, apontando que o acordo é regido por um termo de confidencialidade, o que considera inaceitável em um serviço público.

“Há muitos questionamentos a serem esclarecidos sobre esse contrato. Queremos respostas para muitas perguntas que permanecem sem solução, já que estamos diante de um termo de confidencialidade, algo que não deveria existir em um serviço público”, destacou Dafne Orion.

O Sindicato dos Urbanitários defende que os serviços essenciais permaneçam sob controle do Estado, argumentando que a população não aceita mais essa situação e que os responsáveis serão cobrados nas urnas por suas ações.