Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados está diretamente associado a um risco maior de morte precoce. De acordo com a pesquisa, a cada aumento de 10% no consumo desses alimentos, o risco de morte prematura cresce 3%. Em dietas com alta presença de ultraprocessados, esse risco pode chegar a alarmantes 14%.
Os alimentos ultraprocessados, que incluem itens como bolachas recheadas, carne suína processada e margarina, foram identificados como os principais responsáveis pela redução da expectativa de vida saudável. O consumo de apenas 115 gramas de bolachas recheadas, por exemplo, pode reduzir a expectativa de vida saudável em até 39 minutos. Em contrapartida, alimentos naturais, como peixe de água doce, banana e feijão, foram associados a benefícios para a saúde. O peixe de água doce, especificamente, pode adicionar até 17 minutos de vida saudável.
A pesquisa, que analisou dados de oito países, reforça a importância de uma alimentação equilibrada. Apesar da conveniência dos alimentos ultraprocessados em um cotidiano agitado, o estudo destaca que escolhas alimentares mais saudáveis são essenciais para garantir uma maior qualidade e expectativa de vida.