A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou nesta quinta-feira (8) o bloqueio de bens de 12 associações acusadas de envolvimento em fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com o advogado-geral da União, Jorge Messias, essas entidades são suspeitas de receber repasses indevidos de aposentadorias, sem a autorização dos beneficiários.
Além do bloqueio de bens, a AGU solicitou à Justiça a quebra de sigilo bancário e fiscal das entidades e de seus dirigentes, bem como o bloqueio de suas atividades financeiras, incluindo operações de cartão de crédito. Também foi requisitada a apreensão dos passaportes dos dirigentes envolvidos, diante de indícios de tentativa de ocultação patrimonial.
A ação foi anunciada em uma coletiva de imprensa que contou com a presença do presidente do INSS, Gilberto Waller, e dos ministros da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, e da Previdência Social, Wolney Queiroz. O objetivo, segundo Jorge Messias, é rastrear e recuperar os valores desviados.
Como parte dos esforços para recuperar os recursos, a AGU também emitiu um pedido de expedição de ofícios a corretoras de criptomoedas, buscando identificar e bloquear eventuais ativos digitais que possam estar em posse das associações ou de seus dirigentes.