A doença do fígado gordo, ou esteatose hepática, é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Embora muitas vezes assintomática em seus estágios iniciais, a condição pode evoluir para formas mais graves, como esteato-hepatite (inflamação), fibrose e, em casos críticos, cirrose, que é a substituição do tecido saudável do fígado por cicatrizes permanentes.
De acordo com o gastroenterologista Saurabh Sethi, alguns sinais devem servir como alerta para buscar orientação médica:
Ganho de peso abdominal: O aumento inesperado da circunferência abdominal pode indicar infiltração de gordura no fígado.
Fadiga persistente: Sensação constante de cansaço e fraqueza, mesmo após descanso adequado, pode ser um indicativo de que o fígado não está funcionando corretamente na metabolização de toxinas.
Desconforto abdominal: Dor ou sensação de inchaço na região superior direita do abdômen, onde o fígado está localizado.
Alterações na cor da urina e das fezes: Urina escura e fezes esbranquiçadas podem apontar problemas na produção e excreção da bile.
Icterícia leve: Coloração amarelada na pele e nos olhos, resultante do acúmulo de bilirrubina no organismo.
Resistência à insulina e glicemia elevada: Níveis elevados de açúcar no sangue são comuns em pessoas com esteatose hepática, especialmente em quem tem sobrepeso ou diabetes tipo 2.
Colesterol elevado: Desequilíbrios no perfil lipídico geralmente acompanham o acúmulo de gordura no fígado.
Facilidade para hematomas e sangramentos: O comprometimento da produção de fatores de coagulação pelo fígado fragiliza os vasos e dificulta a cicatrização de pequenos ferimentos.
O diagnóstico da doença do fígado gordo é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia e elastografia, além de testes laboratoriais que avaliam o funcionamento do fígado. O tratamento é baseado em mudanças no estilo de vida, incluindo dieta equilibrada, prática regular de atividade física e controle de condições associadas, como obesidade e diabetes.
Identificar precocemente os sintomas e adotar medidas preventivas são essenciais para evitar a progressão da doença e garantir a saúde do fígado a longo prazo.