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Economia
06/05/2025 12:00:00

Um ano depois, lei do juro no rotativo do cartão encerrou 'bola de neve'

Um ano depois, lei do juro no rotativo do cartão encerrou 'bola de neve'

 

Um ano após entrar em vigor, a lei que impôs um teto aos juros do rotativo do cartão de crédito trouxe mudanças significativas ao cenário do endividamento no Brasil. O principal impacto foi o fim da chamada "bola de neve" nas faturas atrasadas, efeito comum causado pelos juros exorbitantes anteriormente aplicados.

Desde janeiro de 2024, os bancos passaram a ter um limite legal para cobrar encargos e juros: o valor total não pode ultrapassar o montante original da dívida. Ou seja, se a fatura original era de R$ 500, o máximo que pode ser cobrado com juros e encargos somados é mais R$ 500, encerrando a prática que levava dívidas a se multiplicarem indefinidamente.

Com isso, o volume de crédito na modalidade rotativa atingiu o menor patamar da história recente. No fim de 2024, esse tipo de dívida representava apenas 10% do total movimentado por cartões de crédito no país, o equivalente a R$ 61,4 bilhões.

A medida integra o conjunto de ações do programa Desenrola Brasil, criado para renegociar dívidas de brasileiros inadimplentes. Além do rotativo, o programa também limitou os juros do parcelamento de faturas, o que antes era utilizado pelos bancos como estratégia para forçar migrações para modalidades como crédito pessoal ou consignado, consideradas menos arriscadas para as instituições.

A nova legislação marca um avanço no combate ao superendividamento, oferecendo mais previsibilidade e proteção ao consumidor. Para especialistas, a limitação de juros, aliada à maior transparência e à educação financeira, tende a promover um ambiente de crédito mais saudável no país.



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