17/05/2025 13:28:33

Mundo
04/05/2025 04:00:00

China ameaça bases dos EUA no Indo-Pacífico com crescimento do arsenal de mísseis, alerta ex-fuzileiro naval

China ameaça bases dos EUA no Indo-Pacífico com crescimento do arsenal de mísseis, alerta ex-fuzileiro naval

A tradicional capacidade militar dos Estados Unidos de responder rapidamente a crises internacionais por meio de sua superioridade aérea e naval está sob ameaça diante da expansão do arsenal de mísseis da China na região do Indo-Pacífico. Essa é a avaliação do jornalista, antropólogo forense e ex-fuzileiro naval norte-americano Julian McBride, que publicou uma análise no site 19FortyFive alertando para o avanço estratégico de Pequim no Estreito de Taiwan e no Mar da China Meridional, o que, segundo ele, exige uma urgente reavaliação da postura militar de Washington.

McBride destaca que a força de mísseis chinesa, composta por centenas de projéteis de médio e longo alcance, representa uma ameaça direta às bases americanas localizadas em países como Japão, Filipinas e Vietnã. Em caso de conflito, essas bases seriam alvos prioritários, comprometendo estruturas essenciais como pistas de pouso, hangares e sistemas de reabastecimento usados por aeronaves como os caças F-35.

Segundo ele, a crescente capacidade balística do Exército de Libertação Popular da China dificulta a liberdade de movimentação de forças estrangeiras na região, levando o Congresso dos EUA a debater medidas para reforçar hangares e abrigos de aeronaves. Apesar disso, o especialista reconhece que as pistas de pouso continuarão sendo vulneráveis aos ataques de mísseis chineses.

Apesar do avanço tecnológico, o programa balístico chinês enfrenta desafios internos. No fim de 2023, o governo promoveu um expurgo de oficiais ligados à força de mísseis, após denúncias de corrupção envolvendo o uso de projéteis defeituosos. Parte dos armamentos, segundo investigações, continha água no lugar de combustível, o que levantou dúvidas sobre a eficácia real dos sistemas.

Mesmo com esses problemas, a China continua acelerando o desenvolvimento de sua capacidade militar, com projeções que apontam para uma ampliação de sua presença estratégica também na América Latina, Oriente Médio e África. McBride cita ainda a análise de Heather Williams, pesquisadora do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, segundo a qual a China tende a recorrer mais ao poderio militar do que aos instrumentos econômicos e diplomáticos para ampliar sua influência global.

Para o ex-militar, uma resposta eficaz a esse cenário dependerá de múltiplas estratégias. Ele defende que os EUA e aliados da região invistam em sistemas de defesa aérea, uso intensivo de drones e novas tecnologias defensivas para proteger infraestruturas críticas de possíveis ataques balísticos.



Enquete
Ex-Governador e atual Senador Renan Filho pretende voltar ao Governo de Alagoas, Você concorda?
Total de votos: 63
Google News