A Polícia Civil de Alagoas confirmou neste sábado, 3, que o corpo da adolescente Ana Beatriz de Moura, de 15 anos, foi encontrado em uma região do litoral norte de Maceió. A jovem estava desaparecida desde o dia 8 de abril, quando foi vista pela última vez ao sair do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), com destino ao bairro da Garça Torta.
A descoberta do cadáver ocorreu durante as buscas coordenadas por uma comissão de delegados da Delegacia Geral da Polícia Civil, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar. No local também estiveram equipes da Polícia Científica, responsáveis pelas perícias e pelo recolhimento do corpo, feito pelo Instituto de Criminalística (IC) e pelo Instituto Médico Legal (IML).
A operação contou com a participação de agentes da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA), da Coordenadoria da Infância e Juventude, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ1). As investigações foram lideradas pelas delegadas Talita Aquino, Maira Balby, Bárbara Arraes, Tacyane Ribeiro e pelo delegado Sidney Tenório.
Uma coletiva de imprensa está marcada para a próxima segunda-feira, dia 5, na sede da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), onde mais detalhes sobre o caso serão divulgados.
Ana Beatriz desapareceu após sair do Ifal, localizado no Centro de Maceió, e se dirigir ao litoral norte da capital. No dia 12 de abril, os bombeiros iniciaram as buscas com apoio da polícia judiciária. No dia seguinte, as buscas foram temporariamente suspensas para emissão de um mandado de segurança, já que parte da área era de propriedade privada. Durante as diligências, foi localizada uma peça de roupa que seria da adolescente.
Além disso, foram apreendidos dois celulares na residência do principal suspeito do desaparecimento, um homem de 43 anos, preso durante as investigações. Relatos indicam que Ana Beatriz teria trabalhado como babá para familiares dele e que o suspeito financiou sua viagem até a região onde desapareceu.
As buscas foram retomadas em 17 de abril, sob coordenação da delegada Maíra Balby. A polícia rastreou a movimentação financeira da jovem e descobriu que ela recebeu um Pix antes de desaparecer. O valor transferido ajudou a reconstituir o trajeto percorrido por ela até a região norte da cidade, onde foi deixada por um mototaxista.
O caso gerou comoção e mobilizou protestos cobrando respostas das autoridades. Em 29 de abril, foi criada uma comissão especial composta por cinco delegados da Polícia Civil para aprofundar as investigações, reunindo profissionais especializados na proteção de crianças, adolescentes e na elucidação de homicídios.