Com o INSS novamente no centro do debate por conta dos descontos ilegais aplicados a aposentadorias e pensões por meio de associações e sindicatos, uma preocupação ainda mais grave paira sobre quem depende do sistema de seguridade social: a possível desvinculação dos benefícios do salário mínimo. Embora o atual governo afirme que essa mudança não será adotada, a pressão contrária é intensa.
Assim como ocorre com os descontos indevidos por mensalidades associativas, a proposta de desvincular aposentadorias e pensões do salário mínimo representa uma perda significativa. No entanto, trata-se de uma discussão aberta, com apoio de setores do mercado financeiro, de tecnocratas e de representantes das camadas mais ricas da sociedade. A justificativa apresentada por seus defensores é o chamado “bom senso”, termo frequentemente utilizado por figuras como Donald Trump para legitimar decisões consideradas injustas.
O risco, segundo críticos, está na institucionalização de um mecanismo que fragiliza ainda mais a renda de milhões de brasileiros, especialmente os mais pobres, sob o pretexto de responsabilidade fiscal e equilíbrio das contas públicas.