Polícia Civil forma comissão para solucionar desaparecimentos

A Polícia Civil de Alagoas formou nesta quinta-feira (1º) uma comissão especial composta por cinco delegados para investigar o desaparecimento da adolescente Ana Beatriz de Moura, sumida desde o dia 8 de abril. A força-tarefa também irá retomar outras três investigações de desaparecimentos envolvendo jovens em diferentes regiões do estado, com o objetivo de solucionar os casos que permanecem abertos.

Além de Ana Beatriz, a nova comissão passa a se dedicar aos desaparecimentos de Felipe da Silva Albino, Guilherme Santos e João Paulo Ferreira da Silva. Embora os casos não tenham conexão entre si, a intenção da Polícia Civil é acelerar as apurações, que em alguns casos estavam estagnadas.

Felipe da Silva, conhecido como "Carioca", desapareceu no bairro Guaxuma, em Maceió, e tinha 17 anos na época. Seu sumiço foi registrado há cerca de um ano, e as autoridades já consideram a possibilidade de que ele esteja morto. Com a criação da comissão, o caso será reavaliado com base em novas diligências.

Guilherme Santos, de 21 anos, desapareceu no dia 2 de fevereiro, em São Miguel dos Milagres. Já João Paulo Ferreira, de 18 anos, sumiu em 16 de abril, no município de Marechal Deodoro. Por serem ocorrências mais recentes, a polícia acredita que há mais chances de reunir pistas úteis que levem a avanços nas investigações.

Apesar da retomada dos trabalhos, os investigadores consideram a hipótese de homicídio nos quatro casos e já buscam por possíveis corpos. As autoridades reforçam que as situações ocorreram de forma independente, em locais e datas distintas, e por isso demandam apurações separadas.

O coordenador do Setor de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil, Ronilson Medeiros, destacou a importância da ação imediata por parte dos familiares. “Hoje temos mais visibilidade sobre o número de desaparecidos, o que antes era invisível. É importante que os familiares não esperem 24 horas para registrar boletim de ocorrência. Assim que o desaparecimento for percebido, a polícia deve ser acionada”, orientou.

No caso de Ana Beatriz, as informações seguem escassas. Um homem chegou a ser preso por suposta ligação com a adolescente, com quem ela teria mantido um relacionamento, mas os elementos apurados até o momento são considerados inconclusivos. Os demais casos estão sendo reforçados com novos depoimentos de familiares e tentativas de identificação de corpos no Instituto Médico Legal (IML).