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Justiça
30/04/2025 19:00:00

Relatório indica que Collor pode ser tratado em presídio, apesar do uso de oito medicamentos

Relatório indica que Collor pode ser tratado em presídio, apesar do uso de oito medicamentos

Um relatório médico entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) aponta que o ex-presidente Fernando Collor, preso na última sexta-feira (25), pode receber tratamento adequado dentro da Penitenciária Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. O documento foi elaborado pela médica Kênia Andrade e encaminhado à Corte na noite desta segunda-feira (28).

Segundo a avaliação, no momento da entrada no sistema prisional, Collor apresentava sinais vitais normais, como pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio. O ex-presidente relatou o uso diário de oito medicamentos, incluindo quatro antidepressivos, um para tratamento de Parkinson, remédios para úlcera gástrica e controle de colesterol, além de um aparelho CPAP, utilizado para tratar apneia do sono.

A médica destacou que, embora o sistema penitenciário disponha de estrutura para oferecer acompanhamento médico, é necessário considerar a idade do ex-presidente, de 75 anos, e a possibilidade de agravamento de seu quadro psiquiátrico, conforme relatado por ele mesmo.

A defesa de Collor solicita que ele cumpra a pena de oito anos e dez meses em prisão domiciliar, alegando que o ex-presidente sofre de Parkinson, apneia do sono grave e Transtorno Afetivo Bipolar, condições que exigiriam cuidados médicos contínuos.

Durante a audiência de custódia, Collor declarou não possuir doenças crônicas nem fazer uso contínuo de medicamentos, o que contradiz os laudos médicos posteriormente anexados ao processo por sua defesa.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, pediu a apresentação de exames atualizados que confirmem o diagnóstico de Parkinson, além de explicações sobre a ausência de registros médicos entre os anos de 2019 e 2022. A defesa tem 48 horas para entregar os laudos solicitados, incluindo exames de imagem e justificativas sobre as lacunas no histórico clínico.

A decisão sobre a possibilidade de prisão domiciliar será tomada após análise dos documentos médicos complementares.



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