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Acidente
30/04/2025 16:00:00

Satélite russo ligado a programa nuclear espacial está fora de controle, dizem analistas dos EUA

Satélite russo ligado a programa nuclear espacial está fora de controle, dizem analistas dos EUA

O satélite russo Cosmos 2553, suspeito de fazer parte de um projeto militar secreto da Rússia para o desenvolvimento de armas nucleares espaciais, estaria girando descontroladamente em órbita, segundo analistas dos Estados Unidos. O comportamento anômalo do equipamento, lançado em 5 de fevereiro de 2022, foi identificado por especialistas da LeoLabs e da Slingshot Aerospace, que vêm monitorando sua trajetória e rotação desde o lançamento.

De acordo com os dados divulgados, o satélite estaria a cerca de dois mil quilômetros da superfície da Terra, em uma região altamente exposta à radiação cósmica, normalmente evitada por satélites convencionais. Inicialmente apresentado por Moscou como parte de um experimento científico para testar resistência à radiação, o Cosmos 2553 passou a ser visto por autoridades dos EUA como um componente de uma suposta arma espacial russa capaz de desativar redes inteiras de satélites, como a constelação Starlink, utilizada em operações militares na Ucrânia.

A LeoLabs afirmou que detectou movimentos anormais em novembro do ano passado e elevou o alerta para “alta confiança” de que o satélite estaria fora de controle. O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) reforçou essa avaliação em seu mais recente relatório anual sobre ameaças no espaço, afirmando que o equipamento provavelmente não está mais operacional.

A Slingshot, por sua vez, relatou alterações no brilho do satélite, o que indicaria rotação instável. No entanto, segundo a diretora científica da empresa, Belinda Marchand, observações mais recentes sugerem que o satélite pode ter se estabilizado parcialmente.

O Comando Espacial dos Estados Unidos confirmou mudanças de altitude do Cosmos 2553, mas não comentou seu atual estado funcional. Um porta-voz do órgão afirmou que as características do satélite não correspondem à missão declarada pela Rússia, alertando que tais discrepâncias podem aumentar o risco de mal-entendidos e provocar uma escalada de tensões no espaço.



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