Levantamento divulgado nesta segunda-feira, 28, pelo instituto AtlasIntel revela que 50,1% dos brasileiros desaprovam o desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do governo federal. Já 46,1% aprovam a gestão do petista, enquanto 3,8% não souberam opinar.
O estudo foi realizado com 5.419 pessoas, recrutadas de forma digital aleatória entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos, e o índice de confiança da pesquisa é de 95%.
Em comparação com o levantamento anterior, divulgado em 1.º de abril, a desaprovação caiu 3,5 pontos percentuais, enquanto a aprovação subiu 1,2 ponto percentual. Na ocasião, 53,6% reprovavam o governo e 44,9% aprovavam. A última vez que a desaprovação de Lula esteve abaixo dos 50% foi em dezembro do ano passado, e uma aprovação superior a 50% não é registrada desde outubro de 2024.
Os segmentos que mais demonstram apoio ao presidente são os agnósticos ou ateus (68,9%), seguidores de religiões diversas do catolicismo e do protestantismo (68,3%) e pessoas com mais de 60 anos (62,5%). Por outro lado, os maiores índices de desaprovação vêm da população da região Norte (71,1%), de indivíduos com idade entre 25 e 34 anos (69%) e dos evangélicos (67,7%).
Quanto à avaliação do governo, 47,7% consideram a gestão ruim ou péssima, o que representa uma redução de 1,9 ponto percentual em relação à pesquisa anterior. Já 40,2% avaliam o governo como ótimo ou bom, um aumento de 2,8 pontos percentuais. Para 9,6% dos entrevistados, a administração federal é regular.
Em relação a áreas específicas, os piores índices de avaliação do governo Lula, quando comparados à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão nos temas de impostos e carga fiscal (53% de desaprovação) e responsabilidade fiscal e controle de gastos (52%). Já os setores mais bem avaliados são relações internacionais, comércio exterior e geração de empregos, todos com aprovação de 52%.
A pesquisa também identificou os principais erros e acertos da atual gestão. A criação do imposto sobre compras de até 50 dólares em sites estrangeiros foi apontada como o maior erro, por 63% dos entrevistados. Por outro lado, a gratuidade de medicamentos e itens no programa Farmácia Popular foi considerada a medida mais positiva, recebendo 89% de aprovação.