Governo Lula é acusado de ocultar gastos fora do Orçamento, revela auditoria do TCU

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) expôs práticas preocupantes envolvendo o uso de recursos públicos pelo governo Lula. O relatório aponta que diversos programas e despesas foram financiados sem o devido registro no Orçamento oficial da União, o que compromete a transparência e mascara a real situação fiscal do país.

Conforme o TCU, o governo tem utilizado mecanismos paralelos para financiar projetos que, oficialmente, não são registrados como despesas do Tesouro Nacional. Essa estratégia faz com que os indicadores oficiais pareçam mais equilibrados do que realmente estão, gerando uma impressão enganosa de responsabilidade fiscal perante a sociedade e o mercado financeiro.

A auditoria identificou o uso de estatais e fundos públicos para custear políticas sociais e investimentos sem que essas despesas fossem corretamente incorporadas ao Orçamento Geral da União. Essa prática viola princípios constitucionais e dificulta a fiscalização da execução orçamentária tanto pela sociedade quanto pelos órgãos de controle.

Especialistas apontam que essas operações aumentam consideravelmente o risco para a sustentabilidade das contas públicas. Segundo o economista Paulo Rabello de Castro, “sem transparência, o endividamento do Estado cresce de forma silenciosa e perigosa. Quando a conta vier, ela será cobrada de toda a sociedade, principalmente dos mais pobres”.

O TCU recomendou que o governo adote maior rigor no cumprimento das normas de transparência e passe a incluir obrigatoriamente todas as despesas, diretas e indiretas, no Orçamento oficial. Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou sobre as irregularidades apontadas.

A prática de financiar despesas fora do Orçamento já havia sido alvo de críticas em administrações anteriores e foi central na crise política que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em razão das chamadas “pedaladas fiscais”. Com o novo alerta do TCU, cresce a pressão para que o governo Lula tome medidas urgentes para restaurar a credibilidade das contas públicas e respeitar os princípios da responsabilidade fiscal, essenciais para a estabilidade econômica do país.