No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com o diabetes tipo 2, mas estima-se que aproximadamente 40 milhões de brasileiros estejam na fase de pré-diabetes, estágio inicial da doença em que ainda é possível evitar sua progressão.
Pré-diabetes é silenciosa e exige exames para diagnóstico
A pré-diabetes é caracterizada pela elevação dos níveis de açúcar no sangue, geralmente sem apresentar sintomas visíveis. A descoberta da condição depende da realização de exames laboratoriais, sendo o diagnóstico precoce fundamental para impedir a evolução para diabetes tipo 2.
Principais fatores de risco para o desenvolvimento da pré-diabetes
Entre os fatores de risco mais comuns estão o sobrepeso e a obesidade, histórico familiar da doença, sedentarismo, hipertensão, doenças cardíacas e, no caso das mulheres, histórico de diabetes gestacional ou síndrome dos ovários policísticos. Segundo o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, é importante que pessoas com esses fatores de risco realizem exames com frequência.
Sinais que podem indicar a necessidade de atenção médica
Embora a condição seja silenciosa, alguns sinais podem servir de alerta, como escurecimento da pele, aumento da sede, da fome e da necessidade de urinar, cansaço excessivo, visão turva, dormência ou formigamento em extremidades, infecções recorrentes, feridas de cicatrização lenta e perda de peso sem causa aparente.
Compreendendo a relação entre insulina e diabetes
A diabetes surge com o acúmulo de glicose no sangue, resultado de falhas na produção ou ação da insulina, hormônio fabricado pelo pâncreas que permite a entrada do açúcar nas células. Sem essa função, a glicose circula livremente, danificando órgãos. Alimentação inadequada e sedentarismo são fatores que favorecem o aparecimento da doença, que pode se apresentar como tipo 1, geralmente desde a infância, ou tipo 2, mais comum, associada a resistência à insulina.
Mudanças de hábitos podem reverter a pré-diabetes
A principal estratégia para reverter a pré-diabetes é a adoção de uma rotina saudável, combinando alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e controle de peso. Em casos mais graves, pode ser necessária a prescrição de medicamentos para normalizar os níveis de açúcar no sangue. A médica Maria Augusta Bernardini, diretora-médica da Merck Healthcare para o Brasil e América Latina, reforça que essas mudanças podem impedir o avanço para o diabetes tipo 2.