O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relatou neste sábado (26) que enfrenta episódios persistentes de soluço e que seu sistema digestivo ainda não retomou o funcionamento normal. Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star, o quadro impede a alimentação por via oral.
Bolsonaro explicou nas redes sociais que ainda apresenta sinais de gastroparesia, caracterizada pelo retardo no esvaziamento do estômago, e que, desde a cirurgia realizada em 13 de abril, não houve movimentos intestinais espontâneos.
A gastroparesia compromete a capacidade do estômago de se contrair e esvaziar corretamente, afetando o processo de passagem dos alimentos para o intestino delgado, essencial para a digestão. Entre os sintomas mais comuns estão desconforto abdominal, sensação de estômago cheio, saciedade precoce, náuseas e vômitos.
Diversos fatores podem influenciar a velocidade do esvaziamento gástrico, como volume e consistência dos alimentos, densidade calórica e temperatura, além da presença de lipídeos e peptídeos no intestino delgado. O estresse também pode agravar o quadro.
Internado desde o dia 11 de abril após passar mal durante agenda no Rio Grande do Norte, Bolsonaro foi transferido para Brasília, onde passou por uma cirurgia para desobstrução intestinal no dia 13 e permanece na UTI desde então.
O boletim médico divulgado neste sábado informa que Bolsonaro segue clinicamente estável, sem febre ou alterações de pressão arterial. Ele continua sem se alimentar por via oral, recebendo suporte calórico e nutricional endovenoso.
Apesar da recomendação médica para que não receba visitas, aliados políticos, como Valdemar Costa Neto e Silas Malafaia, estiveram com Bolsonaro na UTI ao longo da semana. A equipe médica continua compartilhando boletins diários sobre seu estado de saúde, e, embora tenha apresentado alterações de pressão arterial na quinta-feira (24), o quadro se estabilizou novamente na sexta-feira (25).