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Guerra
26/04/2025 09:00:00

Propostas de Paz na Guerra entre Rússia e Ucrânia Revelam Divergências entre EUA, Europa e Kiev

Propostas de Paz na Guerra entre Rússia e Ucrânia Revelam Divergências entre EUA, Europa e Kiev

As propostas formuladas pelos Estados Unidos para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia enfrentaram resistência tanto das autoridades ucranianas quanto de representantes europeus. Documentos obtidos pela agência Reuters apontam que as contrapropostas apresentadas por Kiev e por líderes europeus revelam diferenças profundas em questões fundamentais, como o destino dos territórios ocupados, a suspensão de sanções e as garantias de segurança para a Ucrânia.

Os textos discutidos foram elaborados durante negociações realizadas em Paris, em 17 de abril, e em Londres, no dia 23. Segundo fontes próximas ao processo, esses encontros representam o esforço diplomático mais consistente desde a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022. O presidente norte-americano, Donald Trump, tem sinalizado interesse em buscar uma solução rápida para o conflito.

As principais discordâncias envolvem a sequência dos temas a serem resolvidos e as condições para a implementação de um possível acordo de paz. A proposta norte-americana, apresentada pelo enviado de Trump, Steve Witkoff, sugere que os Estados Unidos reconheçam formalmente a anexação da Crimeia pela Rússia e aceitem o controle russo sobre partes do sul e do leste da Ucrânia.

Em contraste, a proposta europeia, apoiada por Kiev, sustenta que a questão territorial só deve ser abordada após a assinatura de um cessar-fogo, rejeitando qualquer reconhecimento prévio do domínio russo em áreas ucranianas.

Outro ponto de tensão refere-se às garantias de segurança para a Ucrânia. O plano norte-americano oferece uma “robusta garantia de segurança” de países europeus e aliados, mas impede a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Já a contraproposta europeia e ucraniana propõe garantias comparáveis ao Artigo 5 da Otan, que prevê defesa mútua, sem restrições ao tamanho das Forças Armadas ucranianas ou à presença militar de aliados em território ucraniano — condições que devem ser fortemente contestadas por Moscou.

No campo econômico, os Estados Unidos propõem o levantamento imediato das sanções aplicadas à Rússia desde a anexação da Crimeia como parte do acordo. Em oposição, Europa e Ucrânia defendem a retirada gradual das sanções, condicionada à consolidação de uma paz duradoura e com a possibilidade de reimposição das penalidades caso Moscou não cumpra o tratado.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou na quinta-feira (24) que as propostas discutidas em Londres já foram encaminhadas à mesa de negociações liderada por Trump.



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