As Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram uma nova série de bombardeios aéreos contra a Faixa de Gaza na quinta-feira (24), resultando na morte de pelo menos 50 pessoas, conforme informou o Ministério da Saúde local. Entre as vítimas estão numerosas mulheres e crianças. O norte de Gaza foi a área mais atingida, com 18 mortes registradas em um ataque e outras 11 em uma segunda ofensiva. Entre os alvos dos bombardeios estavam uma delegacia de polícia, residências, edifícios e um campo de palestinos deslocados.
Em nota oficial, a IDF declarou que os ataques foram direcionados a destruir centros operacionais e depósitos de armas controlados pelo Hamas. "As organizações terroristas utilizam cinicamente instituições civis e a própria população como escudos humanos para ações terroristas. As Forças de Defesa de Israel continuarão atuando contra essas organizações", afirmou o comunicado.
Apesar da intensificação das ações militares, Israel mantém o bloqueio à entrada de ajuda humanitária em Gaza, numa tentativa de pressionar o Hamas pela libertação dos 59 reféns ainda mantidos em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023. A medida, contudo, tem sido alvo de severas críticas por parte de governos e organizações internacionais, que acusam Israel de desrespeitar o direito internacional.
"Mais de 2,1 milhões de pessoas estão presas, sob bombardeio e passando fome, enquanto alimentos, medicamentos e combustível se acumulam nos pontos de passagem. Estamos presenciando atos de guerra em Gaza que revelam total desprezo pela vida humana", declarou o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
As negociações para um novo cessar-fogo continuam sendo mediadas por países como Estados Unidos e Egito. Apesar de uma trégua que durou aproximadamente 60 dias no início do ano, os diálogos foram interrompidos devido a divergências sobre os termos do acordo. A proposta inicial previa a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. No entanto, a tentativa de Israel de estender a primeira fase do acordo, focando na libertação de mais reféns, foi rejeitada pelo Hamas, levando à retomada dos combates.