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Guerra
24/04/2025 06:00:00

Trump culpa Zelenskyy por prolongar guerra ao rejeitar concessões territoriais à Rússia

Trump culpa Zelenskyy por prolongar guerra ao rejeitar concessões territoriais à Rússia

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy nesta quarta-feira (23), afirmando que a recusa do líder ucraniano em ceder territórios à Rússia está prolongando o conflito no país e mantendo o que chamou de "campo de morte". A declaração foi feita após Zelenskyy afirmar, na véspera, que "não há nada para discutir" com relação à entrega de qualquer parte do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

Em sua rede social, a Truth Social, Trump declarou que “a Crimeia foi perdida há anos sob Barack Obama” e que nem deveria ser tema de debate nas atuais negociações. Ele ainda questionou por que a Ucrânia não lutou pela península no momento da anexação, completando que “declarações inflamadas” como as de Zelenskyy dificultam a resolução do conflito.

Trump, que já havia defendido anteriormente uma solução que envolvesse concessões territoriais, sugeriu que Zelenskyy está escolhendo um caminho que levará a mais mortes. “Ele pode ter paz ou lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro”, disse o ex-presidente, criticando o que considera uma postura intransigente de Kiev nas negociações.

Resistência de Kiev e impasse diplomático

A posição de Zelenskyy foi reiterada durante preparativos para uma nova rodada de conversas em Londres entre representantes da Ucrânia, dos Estados Unidos e da Europa. O presidente reafirmou que a Ucrânia não cederá nenhuma parte de seu território soberano, declarando: “É a nossa terra, a terra do povo ucraniano”.

Durante negociações anteriores, em Paris, os Estados Unidos teriam sugerido um plano para congelar a linha de frente do conflito, permitindo que a Rússia mantivesse o controle de partes já ocupadas. Essa proposta foi inicialmente apresentada como um rascunho informal, mas posteriormente descrita por Washington como definitiva, o que surpreendeu autoridades ucranianas.

Uma reunião programada para esta quarta-feira com diplomatas dos EUA, Reino Unido, França e Ucrânia foi parcialmente esvaziada após o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, cancelar sua participação. O vice-presidente americano, JD Vance, declarou que a proposta dos EUA é “muito justa” e indicou que os Estados Unidos poderiam se retirar das negociações se não houver avanço.

Zelenskyy insiste em cessar-fogo imediato

Apesar do impasse, Zelenskyy voltou a expressar disposição para negociações desde que haja um cessar-fogo imediato, total e incondicional. O apelo ocorre no mesmo dia em que um ataque russo com drone matou nove civis em um ônibus em Pokrovsk, intensificando as tensões na região.

Do lado europeu, autoridades apontam que o Kremlin estaria usando as negociações apenas como manobra estratégica, ganhando tempo enquanto avança militarmente. Especialistas ocidentais avaliam que Moscou acredita ter vantagem no campo de batalha e, por isso, não demonstra urgência para encerrar o conflito.

A proposta americana, apresentada há seis semanas, ainda aguarda resposta formal de ambos os lados. Enquanto isso, o conflito se prolonga, com novas perdas civis e pouco sinal de trégua à vista.



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