O Vaticano confirmou, nesta segunda-feira (21), a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) seguido de uma parada cardíaca irreversível. De acordo com a certidão de óbito assinada por Andrea Arcangeli, diretor do departamento de saúde e higiene da Cidade do Vaticano, o pontífice entrou em coma após o AVC, o que levou a um colapso cardiovascular fatal.
Francisco havia sido internado recentemente em estado grave com pneumonia bilateral, permanecendo cinco semanas hospitalizado em Roma antes de retornar ao Vaticano no fim de março para retomar atividades leves. Segundo o documento oficial, o Papa sofria de insuficiência respiratória aguda e apresentava histórico de problemas pulmonares, inclusive a remoção do lobo superior do pulmão direito ainda na juventude. Também enfrentava doenças crônicas como bronquite, hipertensão e diabetes tipo II.
A notícia do falecimento foi comunicada pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano, às 7h35 da manhã (horário local). Em sua declaração, Farrell destacou a dedicação do Papa à Igreja e aos pobres, descrevendo-o como um exemplo de amor e coragem: “Francisco regressou à casa do Pai. Ensinou-nos a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente pelos mais pobres e marginalizados”.
O Papa havia expressado o desejo de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde repousa o ícone da Virgem Maria, a quem era profundamente devoto. A data do funeral ainda não foi divulgada oficialmente.
Com a vaga aberta no comando da Igreja Católica, um conclave será convocado para a eleição do novo Papa, em data que será anunciada nos próximos dias.