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Guerra
18/04/2025 14:00:00

Chinês capturado na Ucrânia afirma ter sido influenciado por vídeos para se alistar no Exército russo

Chinês capturado na Ucrânia afirma ter sido influenciado por vídeos para se alistar no Exército russo

Um cidadão chinês de 34 anos, identificado como Wang Guangjun, afirmou que foi motivado por vídeos publicados no Douyin — a versão chinesa do TikTok — a se juntar ao Exército russo. Ele foi capturado pelas forças ucranianas em Donetsk e falou à imprensa internacional durante uma entrevista coletiva em Kiev, realizada nesta semana. Wang, que trabalhava como terapeuta ocupacional na China, contou que perdeu o emprego durante a pandemia e estava em busca de qualquer oportunidade de trabalho quando decidiu se alistar.

Segundo seu relato, os vídeos que assistia mostravam soldados russos com armamentos modernos e passavam uma imagem atraente da carreira militar. "Na China, o status social de um soldado é muito elevado. Todo homem chinês tem esse sonho", afirmou. Ele explicou que foi convencido por conteúdos que prometiam vagas para trabalhar com reabilitação de feridos na Rússia e que o trabalho não envolveria participação direta nos combates.

Ao chegar em Moscou, foi encaminhado ao centro de recrutamento e enviado ao campo de treinamento, perdendo o controle sobre sua situação. "Depois que assinei, não podia mais decidir nada", disse Wang, que foi capturado em 4 de abril na linha de frente em Donetsk, após passagens por Kazan e Rostov.

Outro chinês apresentado pela Ucrânia foi Zhang Renbo, de 27 anos, ex-bombeiro em Xangai. Ele relatou que foi à Rússia em dezembro, durante férias, para tentar ganhar dinheiro em um trabalho de construção civil, mas acabou recebendo treinamento militar e sendo enviado à frente de combate após seis dias. Capturado ao fim de março, ele criticou a narrativa oficial chinesa. “Confiamos na mídia estatal e, por isso, talvez tenhamos sido usados”, declarou.

Ambos negaram qualquer vínculo com as Forças Armadas ou os serviços de segurança da China e pediram que o governo chinês intervenha para negociar suas liberações. Wang fez um apelo direto aos conterrâneos: “Se você está pensando em se juntar a essa guerra contra a Ucrânia, não participe dessa luta”.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou recentemente que mais de 150 chineses estariam lutando ao lado da Rússia. Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, classificou a declaração como “irresponsável” e reiterou que o governo chinês orienta seus cidadãos a evitarem zonas de conflito e não se envolverem em ações militares.



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