Sexta-Feira Santa: data de devoção, reflexão e tradição no calendário cristão

A Sexta-Feira Santa é uma das datas mais significativas da tradição cristã, celebrada dois dias antes da Páscoa. Para os fiéis, é o dia em que se recorda a crucificação e morte de Jesus Cristo, sendo marcado por um clima de respeito, luto e profunda devoção. A celebração integra a Semana Santa e compõe o Tríduo Pascal, junto à Quinta-Feira Santa e ao Sábado de Aleluia, que antecedem o Domingo da Ressurreição.

Na tradição católica, não são realizadas missas nesse dia. Em seu lugar, a Igreja promove a Celebração da Paixão de Cristo, que normalmente ocorre às 15h e inclui a liturgia da palavra, a adoração da cruz e a comunhão. Esse é o único dia do ano litúrgico em que não se celebra a missa. A ocasião também é marcada por procissões e encenações teatrais conhecidas como “Paixão de Cristo”, representando os últimos momentos de Jesus até sua crucificação.

Como sinal de penitência e respeito pelo sofrimento de Cristo, os católicos são orientados a jejuar e a se abster do consumo de carne vermelha e de frango, substituindo-os frequentemente por peixes. Além disso, imagens de santos são cobertas nos templos e as cores predominantes da liturgia são o vermelho e o preto.

Embora a Sexta-Feira Santa não esteja listada entre os sete feriados nacionais definidos pela Lei nº 10.607/2002, ela pode ser reconhecida como feriado religioso por leis estaduais ou municipais, conforme estabelece a Lei nº 9.093/1995. Assim, em algumas localidades, é feriado oficial; em outras, ponto facultativo.

Em 2025, a Sexta-Feira Santa será celebrada no dia 18 de abril. A data da Páscoa, que este ano cai em 20 de abril, é determinada a partir do primeiro domingo após a primeira Lua cheia que ocorre depois do equinócio, critério estabelecido pelo Concílio de Niceia, no século IV. Com isso, a Semana Santa de 2025 se inicia no Domingo de Ramos, em 13 de abril, marcando o início das celebrações que culminam na Páscoa, data central do cristianismo.