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Guerra
16/04/2025 00:00:00

Brasileiros atuam como mercenários na guerra da Ucrânia por salários de até R$ 26 mil

Brasileiros atuam como mercenários na guerra da Ucrânia por salários de até R$ 26 mil

A guerra entre Rússia e Ucrânia, em curso há mais de três anos, tem atraído combatentes de diversas partes do mundo. Dentre eles, cerca de 300 brasileiros se uniram a forças ucranianas como mercenários, motivados principalmente por salários que podem chegar a R$ 26 mil mensais.

Esse é o maior conflito armado da Europa desde a Segunda Guerra Mundial e, até agora, estima-se que mais de um milhão de pessoas, entre civis e militares, tenham morrido ou ficado feridas. O número de refugiados já ultrapassa seis milhões. Enquanto muitos fogem para preservar a vida, há estrangeiros que desembarcam no país justamente para lutar — é o caso desses brasileiros recrutados para compor unidades de combate contra as tropas russas.

A reportagem da Band teve acesso exclusivo a imagens desses brasileiros em treinamento. Nos vídeos, eles aparecem uniformizados, circulando por trincheiras, recebendo instruções de primeiros socorros e utilizando armamentos pesados. Um dos voluntários é Alex Silva, brasileiro que vive na Ucrânia há dez anos, casado com uma ucraniana. Ele comanda um pelotão de estrangeiros, incluindo brasileiros, e atua desde o início do conflito.

Por questões de segurança, os rostos dos combatentes não são mostrados. De acordo com Alex, a maioria é composta por homens solteiros, com idade entre 20 e 50 anos, muitos com histórico militar, inclusive com passagens pela Legião Estrangeira. “O que me motivou foi ver a injustiça sendo cometida aqui na Ucrânia pelos soldados do Putin”, relatou.

O fator financeiro também pesa na decisão de muitos. Os salários variam entre US$ 500 e US$ 4.500 (aproximadamente R$ 2.500 a R$ 26 mil), dependendo do risco envolvido e da função desempenhada. Quem atua longe da linha de frente, como em escritórios em cidades mais afastadas dos combates, recebe menos. Já funções diretamente ligadas ao conflito, como operadores de drones, são bem mais valorizadas.

“O uso de drones é essencial. Há os de reconhecimento e os drones FPV, que são utilizados para atingir alvos diretamente”, explicou Alex.

Mesmo com o cenário de tensão constante vivido pelos moradores da Ucrânia, o número de brasileiros aguardando para se juntar à guerra continua crescendo. “É uma mistura de sentimentos, muito difícil até de explicar. Às vezes penso em desistir, mas isso não passa pela minha cabeça”, completou o combatente.



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