O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo (13) que o presidente da França, Emmanuel Macron, está cometendo "um erro grave" ao defender a criação de um Estado palestino. A crítica surgiu após Macron fazer diversas declarações, na última semana, indicando a possibilidade de que a França reconheça oficialmente o Estado palestino.
Segundo Netanyahu, a proposta representa uma ameaça à segurança de Israel. "O presidente comete um erro grave ao continuar promovendo a ideia de um Estado palestino no coração da nossa terra, um Estado cuja única aspiração é a destruição de Israel", afirmou o premiê israelense por meio de publicação na rede social X (antigo Twitter).
As declarações de Macron provocaram reações intensas, principalmente da direita e da extrema direita francesas, que se posicionaram contra qualquer iniciativa de reconhecimento do Estado palestino.
Os apelos por uma “solução de dois Estados” têm ganhado força desde o início da nova escalada de violência na Faixa de Gaza, em 2023. Atualmente, 147 países já reconhecem oficialmente a Palestina como Estado. No ano passado, Irlanda, Noruega, Espanha e Eslovênia tomaram essa decisão, enquanto potências europeias como França, Alemanha e Itália ainda se mantêm reticentes e não formalizaram o reconhecimento.