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O presidente Daniel Noboa foi reeleito neste domingo (13) para um novo mandato de quatro anos no comando do Equador. Com 90% das urnas apuradas, Noboa obteve 55,88% dos votos, superando sua principal adversária, Luisa González, que conquistou 44,12%. A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint, declarou que o resultado é matematicamente irreversível.
Durante coletiva, Noboa celebrou a vitória, classificando-a como histórica, destacando a diferença de mais de um milhão de votos sobre González. O novo mandato terá início em 24 de maio. Noboa já ocupava a presidência desde 23 de novembro de 2023, após vencer eleições extraordinárias convocadas para concluir o mandato de Guillermo Lasso, que deixou o cargo ao dissolver a Assembleia Nacional.
A gestão de Noboa até agora foi marcada por desafios, especialmente nas áreas de segurança e energia. No processo de reeleição, o presidente prometeu ampliar o combate ao crime organizado e ao narcotráfico, além de fortalecer a segurança pública com novas medidas. Também assumiu o compromisso de gerar empregos, reduzir a informalidade no mercado de trabalho e ampliar o apoio ao setor privado. Outro ponto de sua plataforma foi o reforço de órgãos de controle e fiscalização contra a corrupção.
No último evento de campanha, realizado em Guayaquil, Noboa afirmou que o país precisava de mudanças reais e criticou governos anteriores, dizendo que seu projeto político representa um rompimento com práticas corruptas e com a perda de paz provocada por facções criminosas.
A candidata derrotada, Luisa González, não reconheceu o resultado e acusou o pleito de fraude. Afirmou que vai solicitar a recontagem dos votos, alegando discrepâncias com pesquisas de intenção de voto que a colocavam como favorita. Segundo González, o Equador vive uma ditadura e classificou o resultado como uma "fraude grotesca".
No primeiro turno, realizado em fevereiro, a disputa entre os dois candidatos foi apertada, com Noboa vencendo por uma diferença de apenas 16.746 votos.
Daniel Noboa é herdeiro do empresário Álvaro Noboa, uma das maiores fortunas do país e ex-candidato à presidência em cinco ocasiões. O atual presidente já declarou identificação com o ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Durante seu primeiro mandato, Noboa foi alvo de críticas por ordenar a invasão da embaixada do México para prender Jorge Glas, ex-vice-presidente de Rafael Correa, rompendo normas diplomáticas e provocando o rompimento das relações bilaterais com o governo mexicano.
Em abril de 2024, Noboa também promoveu um referendo para expandir seus poderes na área de segurança, aprovado pela população. Uma das medidas adotadas foi o envio das Forças Armadas para intervir em presídios dominados por facções criminosas.
Além dos problemas de segurança, o novo governo terá pela frente os desafios da crise energética, da recuperação econômica, do combate à corrupção e da reconstrução das relações diplomáticas.
