Durante a manhã deste domingo (13), enquanto fiéis participavam das celebrações religiosas do Domingo de Ramos, a cidade de Sumy, localizada no nordeste da Ucrânia, foi alvo de um ataque com mísseis balísticos lançado pela Rússia. Pelo menos 31 pessoas morreram, entre elas duas crianças, e outras 84 ficaram feridas, incluindo sete menores, conforme relataram autoridades locais e o Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia. O episódio é considerado o ataque mais mortal contra civis ucranianos desde o ano de 2023, superando a ofensiva registrada na semana anterior em Kryvyi Rih, que deixou 20 mortos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou as mortes por meio de sua conta na rede social X, antiga Twitter, lamentando as perdas e manifestando solidariedade às famílias atingidas. Em outra publicação, Zelensky classificou o episódio como um ato de terror intencional e cobrou uma reação mais firme da comunidade internacional. “A Rússia quer exatamente esse tipo de terror e está prolongando essa guerra. Sem pressão sobre o agressor, a paz é impossível. Conversas nunca pararam mísseis balísticos e bombas. Precisamos tratar a Rússia como um terrorista merece”, declarou.
De acordo com o chefe da administração militar regional, Volodymyr Artyukh, dois mísseis atingiram o centro da cidade em um momento em que havia grande movimentação de pessoas nas ruas. O prefeito interino de Sumy, Artem Kobzar, confirmou o elevado número de vítimas e os estragos provocados pelas explosões. Imagens divulgadas pelo ministro do Interior, Ihor Klymenko, mostram o cenário de destruição, com prédios arrasados, carros queimados, janelas destruídas e corpos cobertos espalhados pelas vias. Equipes de resgate e bombeiros trabalham para conter incêndios e retirar sobreviventes dos escombros.
O ataque, ocorrido justamente durante uma data importante para os cristãos, foi duramente criticado pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha. Ele pediu o reforço da defesa aérea do país por parte dos aliados ocidentais e o aumento da pressão sobre Moscou. “Força é a única linguagem que eles entendem e a única maneira de acabar com esse terror horrível”, afirmou.
Zelensky ainda destacou que o bombardeio acontece em um momento em que os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, pressionam o governo russo a aceitar uma proposta de paz. “Já é o segundo mês que Putin ignora a proposta dos EUA de um cessar-fogo total e incondicional. Infelizmente, lá em Moscou, eles estão convencidos de que podem continuar matando impunemente. É preciso agir para mudar essa situação”, finalizou o presidente ucraniano.