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A advogada Edith Christina Medeiros Freire, de 57 anos, que havia sido presa por envolvimento nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023, está foragida após romper a tornozeleira eletrônica que utilizava como parte das medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ela estava em liberdade provisória desde maio de 2023, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, mas deixou de se apresentar à Justiça desde 30 de agosto do ano passado.
A Vara de Execução Penal da Paraíba informou ao STF, em relatório enviado na quinta-feira (10), que a advogada está oficialmente evadida. A comunicação ocorreu em resposta à solicitação do ministro Alexandre de Moraes, que havia pedido informações detalhadas sobre o cumprimento das medidas cautelares pelos investigados nos atos golpistas que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Edith Christina também foi alvo da 20ª fase da Operação Lesa Pátria, realizada em novembro de 2023, que investiga o planejamento e o financiamento dos ataques. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da advogada, localizada no bairro de Cabo Branco, em João Pessoa (PB).
Durante o período em que esteve ativa nas redes sociais, antes de apagar suas publicações, Edith manifestava apoio ao porte de armas, se posicionava contra a vacinação contra a Covid-19 e fazia severas críticas ao Supremo Tribunal Federal. Em publicações anteriores, chegou a defender a intervenção militar e chegou a afirmar, no fim de 2022, que “os fortes continuarão na luta pela liberdade de todos”, ao comentar sobre os protestos contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Edith, o blogueiro Marinaldo Adriano Lima da Silva, também preso em 8 de janeiro e liberado sob condições semelhantes, rompeu a tornozeleira e encontra-se igualmente foragido. Ambos são investigados por envolvimento direto nos atos antidemocráticos e descumprimento das medidas impostas pela Justiça.
