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Viver Bem
13/04/2025 11:00:00

Teste simples de levantar da cadeira ajuda a identificar se você está envelhecendo bem

Teste simples de levantar da cadeira ajuda a identificar se você está envelhecendo bem

Pode parecer algo trivial, mas a simples ação de sentar e levantar de uma cadeira pode fornecer informações valiosas sobre a saúde e o envelhecimento de uma pessoa. Conhecido como teste de sentar e levantar (STS, na sigla em inglês), esse método avalia força, equilíbrio e resistência física, sendo amplamente utilizado por médicos, principalmente em pacientes com mais de 60 anos, mas também aplicável a adultos mais jovens.

O exame consiste em sentar-se no centro de uma cadeira sem apoio para os braços, cruzar os braços sobre os ombros e, em seguida, levantar-se completamente e sentar novamente quantas vezes for possível em 30 segundos. O número de repetições é então comparado a médias definidas por faixa etária, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Para homens entre 60 e 64 anos, por exemplo, a média é de 14 repetições; para mulheres da mesma faixa, 12. Já entre os 85 e 89 anos, o número cai para oito para ambos os sexos. Em pessoas mais jovens, os resultados tendem a ser mais altos. Um estudo feito na Suíça com adultos de 20 a 24 anos apontou médias de 50 repetições para homens e 47 para mulheres, com alguns chegando a 72 repetições.

Segundo a geriatra Jugdeep Dhesi, do King's College de Londres, o desempenho no teste pode indicar o risco de quedas, problemas cardiovasculares e até estar relacionado à mortalidade. Estudos mostraram que pessoas com baixas pontuações têm até seis vezes mais chances de morrer em seis anos do que aquelas com resultados melhores.

Além disso, a pontuação pode sinalizar problemas no coração ou nos pulmões, e também servir como indicador de possíveis complicações pós-cirúrgicas ou durante tratamentos de doenças graves, como o câncer. A fragilidade física, que o teste ajuda a detectar, aumenta o risco de quedas — que afetam cerca de 30% das pessoas com mais de 65 anos e metade das que têm mais de 80.

As quedas são perigosas, podendo causar fraturas e gerar medo de novas quedas, o que leva ao isolamento social e ao sedentarismo, criando um ciclo vicioso que prejudica ainda mais a saúde.

Apesar disso, Dhesi lembra que o teste não prevê a expectativa de vida, mas serve como alerta para possíveis intervenções que ajudem a melhorar a qualidade de vida, a autonomia e o envelhecimento saudável.

Para quem deseja melhorar os resultados no teste, a recomendação é manter-se fisicamente ativo. Caminhar dentro de casa, subir e descer escadas, fazer tarefas domésticas e exercícios leves são boas opções. Até mesmo atividades como jardinagem ou brincar com os netos podem contribuir. O importante é evitar a inatividade, manter a musculatura das pernas fortalecida e buscar também o contato social, fundamental para o bem-estar à medida que os anos passam.

O teste STS, simples e prático, mostra-se, portanto, uma ferramenta poderosa para ajudar as pessoas a assumirem o controle da própria saúde e envelhecerem com mais qualidade.



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