“Só peço que devolvam minha filha”: mãe implora pelo retorno de bebê sequestrada em Novo Lino

Com lágrimas e voz embargada, Eduarda Silva de Oliveira fez um apelo comovente pela devolução de sua filha recém-nascida, Ana Beatriz, sequestrada na quinta-feira (11), em uma rua do município de Novo Lino, no interior de Alagoas. A mãe, abalada emocionalmente, pediu que a bebê fosse entregue com vida, em segurança, em qualquer local próximo. “Que esse pessoal devolva ela, coloque na porta de casa, na porta de algum vizinho. Ela sã e salva, só isso que eu peço”, disse à TV Pajuçara.

Amparada por uma tia, Eduarda relembrou em entrevista exclusiva os momentos de terror vividos na manhã em que teve sua filha, de apenas 15 dias, arrancada de seus braços. “Eu saí de casa com ela para atravessar a pista, aí esse carro já vinha seguindo lentamente. Quando percebi algo estranho, que eles iam parando lentamente, dei meia volta, desconfiei que alguma coisa estava errada, foi aí que a mulher abriu o vidro do carro e disse: se você der mais uma volta, eu atiro. Foi na hora que eu congelei. Ela falou de dentro do carro, nem chegou a sair, dois caras com a camisa no rosto desceram e puxaram a menina de mim. Tomaram à força, eu não queria dar com certeza. Entraram no carro ligeiro, aceleraram e foram embora.”

Após o crime, Eduarda foi socorrida por vizinhos que chamaram a Polícia Militar. “Eu simplesmente gritei, fiquei gritando, vi minha vizinha, caí nos pés dela, que foi chamar minha família para socorrer.”

Mãe também de um menino de cinco anos, Eduarda contou que havia saído com a filha para visitar a sogra e solicitar o Número de Identificação Social (NIS) da bebê, mas a rotina foi interrompida bruscamente pelo sequestro. “Com certeza ela foi sequestrada. Estou desesperada, em pedaços. Às vezes me descontrolo e vou levando, dando um jeito. Remédio pra lá, remédio pra cá e assim vai”, desabafou.

Durante a entrevista, a imagem de Eduarda com uma fralda entre os seios para conter o leite chamou a atenção da equipe. Ela explicou que o leite seguia abundante, mesmo com a ausência da filha. “Mesmo secando, ainda tem muito. Fico pensando se ela está bem, se se alimentou, se está dormindo.”

Emocionada, a mãe finalizou com esperança: “Se Deus quiser, ela vai aparecer sã e salva, com saúde. Eu creio que ela vai aparecer.”