O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado às pressas na manhã desta sexta-feira (11), após sentir fortes dores abdominais enquanto cumpria agenda política no município de Santa Cruz, interior do Rio Grande do Norte. Após ser atendido em uma unidade pública de saúde da cidade, foi transferido de ambulância até um campo de futebol, de onde seguiu de helicóptero da Polícia Militar para um hospital particular em Natal.
Segundo o vereador Carlos Bolsonaro, seu pai começou a sentir dores ainda na madrugada, que se intensificaram durante compromissos políticos na região, parte do projeto Rota 22 do Partido Liberal, voltado à expansão da sigla no Nordeste. As dores, conforme informou, são consequências do atentado a faca sofrido por Bolsonaro em 2018, durante a campanha presidencial.
Internado no Hospital Rio Grande, Bolsonaro passou por exames e apresentava quadro clínico estável, consciente e sem febre, conforme boletim médico. O diretor da unidade, Luiz Roberto Fonseca, informou que o ex-presidente deu entrada com inchaço e dor abdominal, mas com sinais vitais normais, e iniciou tratamento antibacteriano. Ainda não há previsão de alta, e a equipe médica afirmou que, por enquanto, não há necessidade de cirurgia.
Nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou uma imagem em que aparece acamado e confirmou que o problema foi uma complicação no intestino delgado, resultado das múltiplas cirurgias feitas desde o atentado. Ele agradeceu o atendimento das equipes médicas de Santa Cruz e Natal, e elogiou o apoio logístico da Polícia Militar, prestado por ordem da governadora do estado, Fátima Bezerra (PT).
Desde 2018, Bolsonaro já se submeteu a pelo menos cinco cirurgias abdominais, incluindo reconstrução intestinal, correção de lesões no fígado, tratamento de aderências e obstruções, além de uma cirurgia para hérnia de hiato.
O Partido Liberal divulgou nota pedindo orações pela recuperação do ex-presidente e informou o cancelamento das atividades previstas na agenda. Bolsonaro estava acompanhado do senador Rogério Marinho (PL), que afirmou esperar que a intercorrência seja simples e não exija intervenção cirúrgica. “Ao contrário de outros, o presidente Bolsonaro de fato sofreu uma facada, que tem dado a ele sérios problemas de saúde”, declarou o senador.